quinta-feira, 25/abril/2024
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Tribunal decide que sanções não são cumulativas e mantém condenação a ex-prefeito em MT

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

A primeira câmara de direito público e coletivo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve inalterada decisão de 1º grau que aplicou sanções não cumulativas a um ex-prefeito do município de Alto Paraguai ( 218 km de Cuiabá) Umbelino Alves Campos por ato de improbidade administrativa. Ele autorizou despesas de R$ 18 mil sem a devida licitação.

Ao entrar com recurso no tribunal, o Ministério Público Estadual alegou que as sanções deveriam ser aplicadas de forma individualizada para cada ato administrativo praticado. No entanto, a câmara julgadora manteve o entendimento do juízo de Diamantino, que apreciou o caso, no sentido de constatar que a reprovação das contas do ex-prefeito caracterizou a prática de ilícitos administrativos tipificados na Lei de Improbidade Administrativa, cujas sanções foram discutidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Em resumo, o Superior Tribunal de Justiça reconhece que em decorrência da gravidade das sanções previstas na Lei n. 8.429/92 não se pode confundir condutas ilegais como se ímprobas fossem. Isso porque uma ilegalidade somente se torna improbidade quando o ato for eivado de dolo e/ou má-fé, tornando-o, portanto, qualificado. No caso observo que todas as condutas imputadas ao réu são suficientes para caracterizar ato de improbidade administrativa e afirmo isso pelo fato de que o réu, ao exercer o importante cargo de prefeito, geriu com irresponsabilidade administrativa e financeira o município de Alto Paraguai, conforme demonstrado pelo Tribunal de Contas deste Estado”, apontaram trechos da decisão do juiz de 1º grau.

Com essas considerações, o ex-prefeito foi condenado a devolver ao patrimônio do município de Alto Paraguai o valor de R$ 18.4 mil atualizado por correção monetária e juros; pagar multa civil equivalente ao valor do dano; ter seus direitos políticos suspensos pelo prazo de seis anos e ficar proibido de contratar com o Poder Público ou receber benefício ou incentivo fiscal ou creditício.

“Nessa esteira, observados o grau de reprovabilidade das condutas, bem como a caracterização de dano ao erário e o objetivo público da exemplaridade da resposta judicial, reputo adequadas as sanções definidas pela sentença recorrida, sendo desnecessária a fixação das penalidades por feixes a cada ato tido como ímprobo”, considerou a relatora do processo no tribunal, desembargadora Maria Erotides Kneip.

A informação é da assessoria e o ex-prefeito pode recorrer da condenação na ação proposta pelo Ministério Público do Estado.

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