O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou, por unanimidade, habeas corpus impetrado pela defesa do ex-secretário de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, e manteve sua prisão preventiva por acusação de integrar um esquema de corrupção investigado na operação Sodoma. O recurso foi impetrado na 2ª Câmara Criminal no dia 21 de dezembro. Agora, o mérito foi apreciado pelos magistrados e negado de forma unânime seguindo o voto do relator, o desembargador Pedro Sakamoto e em consonância com o parecer do Ministério Público Estadual.
Também participaram do julgamento, no dia 10 passado, o desembargador Alberto Ferreira de Souza e o juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, convocado para participar da sessão.
Em novembro de 2015, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso já tinha negado, por maioria dos votos, outro habeas corpus a Nadaf, ao ex-secretário de Fazenda Marcel Souza de Cursi e ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB), presos na Operação Sodoma deflagrada no dia 15 de setembro pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Eles estão presos, desde 15 de setembro, suspeitos de participar de fraudes, cobrança de propina e extorsão contra empresários beneficiados por incentivos fiscais em Mato Grosso.
Pedro Nadaf, a exemplo de Silval e Cursi, acumula diversas derrotas no Tribunal de Justiça, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedidos de liberdade negados.
Mesmo se tivesse conseguido uma decisão favorável dessa vez, ele não deixaria a cadeia, pois tem outro mandado de prisão decretado e cumprido na operação Seven deflagrada no dia 1º deste mês para investigar um esquema de fraudes envolvendo a compra de um mesmo terreno no final da gestão Silval, resultando num prejuízo de R$ 7 milhões ao erário.