O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Jurandir de Lima, admitiu nesta sexta-feira a possibilidade de fechamento de comarcas no Estado, caso se confirme o corte no Orçamento do ano que vem por causa da crise na arrecadação. “Não teremos como manter muitas comarcas em funcionamento” – acentuou, ao destacar, porém, otimismo quanto a a uma “alternativa favorável” ao Judiciário em relação aos repasses constitucionais.
José Jurandir esteve na Assembléia Legislativa e se reuniu com o presidente do Legislativo, deputado Silval Barbosa (PDMB), a quem o desembargador foi articular uma visita ao governador Blairo Maggi (PPS), para sancionar uma lei estadual que permitirá a criação de doze novas comarcas em Mato Grosso. De acordo com José Jurandir de Lima, atualmente, o Judiciário tem trabalhado com dois juízes em uma só vara para atender diversos problemas da sociedade no interior do Estado.
Para ele, a sanção da lei facilitará e agilizará o processo de instalação das comarcas, a maioria, em municípios distantes um do outro. “Fazemos força para que a queda de receita não aconteça e o governo possa nos atender, porque se não ficará difícil continuar o nosso trabalho com qualidade para a população”, avaliou o desembargador.
A sanção da lei facilita ainda, a assinaturas de convênios do tribunal com as prefeituras onde serão instaladas as novas comarcas. E por ser período pré-eleitoral, o desembargador demonstra ansiedade para iniciar a construção de outras comarcas em Mato Grosso.
Pela segunda vez, desde que assumiu, Blairo Maggi tem adiantado que fará contingenciamento nas despesas, incluindo os repasses para os poderes.