terça-feira, 16/abril/2024
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Hugo Werle depõe e diz que reposição florestal em Mato Grosso era grande anarquia

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O ex-gerente do Ibama em Mato Grosso, Hugo José Scheuer Werle, voltou a depôr ontem, na investigação que apura as denúncias na Operação Curupira. Werle negou qualquer solicitação de propina a Alvaro Fernando Cícero Leite para assinar memorando autorizando crédito de reposição florestal.

Disse ainda que no Estado de Mato Grosso, “a questão da reposição florestal era uma anarquia total” e dentre as providências que tomou ao assumir o cargo de gerente no Ibama, foi realizar uma revisão da reposição florestal no Estado, fazendo-se uma vistoria quase que completa nos plantios que haviam sido feitos via sistema de fomento florestal.

Segundo ele, constatou-se que apenas cinco a seis empresas estavam regulares junto ao Ibama; que o sistema vigente era de que a reflorestadora vendia o crédito de reposição florestal, às vezes sem plantar, em outras, deixando de manter a área plantada; que com isso, pragas e intempéries acabavam por matar a plantação; que propôs junto um novo sistema, que foi construído a partir dos trabalhos da DITEC, do gabinete da gerência, da FIEMT (Álvaro Cícero Leite) e da Associação de Reposição Florestal. O sistema foi modificado, obrigando-se primeiro à reflorestadora a plantar para, só em seguida, vender ao mercado o crédito de reposição florestal, com a anuência do Ibama.

Werle disse que não solicitou propina à empresa São Pedro Agroflorestal Ltda ou contribuição para campanha política, mas que que soube após a operação curupira, que Alvaro Fernando Cícero Leite ligou para a Tecamat Florestal dizendo que ele havia solicitado propina para a assinatura do memorando de interesse da empresa São Pedro Agroflorestal Ltda.

Salientou que não integrou quadrilha no Ibama, sendo a pessoa que mais combatia ilícitos no órgão; que pegou o IBAMA/MT esfacelado, sem nenhum tipo de controle e com mínima estrutura; que manteve reuniões com o presidente da FIEMT, Nereu Pasini, para tratar de assuntos de interesses de base florestal; que recebeu diferentes personalidades políticas em seu gabinete, podendo citar: os Deputados Estaduais José Carlos do Pátio, Zeca D’Ávila, Carlos Brito, Joaquim Sucena, Mauro Savi, Ságuas de Moraes, entre outros, e os Deputados Federais Pedro Henry e Carlos Abicalil; que nunca recebeu telefonemas para participar de reuniões com o acusado, Alex Leonardo de Oliveira e Alvaro Fernando Cícero Leite.

Citou ainda que a empresa Berté Florestal era quem tinha o maior número de irregularidades estando em débito com nove milhões e trezentos mil árvores; que não tem conhecimento de que a empresa Tecamat Florestal tenha cedido créditos florestais à empresas inexistentes;

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