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Taques diz que governadores da Amazônia vão a COP 23 mas não na condição de ‘pedintes’

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Governadores dos nove estados da Amazônia Legal se reuniram, ontem à na noite, em Rio Branco, no Acre, para definir as estratégias da agenda internacional do grupo, durante a Conferência Global do Clima (COP 23). Entre os propósitos do bloco está o de reforçar o potencial econômico e a importância da região amazônica para o equilíbrio do clima e a qualidade de vida do mundo. A próxima conferência do Clima, a COP 23, acontece entre os dias 6 e 17 de novembro, em Bonn na Alemanha. No decorrer do evento, o dia 14 será dedicado à Amazônia com o “Amazon Bonn”, e será nesta ocasião que os estados amazônicos terão a oportunidade de aplicar as estratégias definidas no encontro desta quinta.

“Queremos demonstrar que a Amazônia não é problema. Somos a solução. Estamos preservando e precisamos ser reconhecidos dessa forma. Temos uma unidade de propósitos, mesmo cada um tendo sua particularidade. Precisamos mostrar ao mundo o que estamos fazendo aqui”, disse o governador Pedro Taques. Ele citou o fato das nações que mais poluem não aceitarem o compartilhamento das metas ambientais. Há alguns meses o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada do país do Acordo do Clima de Paris.

“Nós vamos a Bonn, mas não iremos como pedintes. Não queremos ser pedintes. Queremos ser reconhecidos como estados importantes, como povos que têm algo a mostrar. Não podemos só discutir ações de comando e controle, temos que discutir compensações, mas compensações em pé de igualdade”, ressaltou.

Para o governador do Amazonas, Amazonino Mendes, a agenda em Bonn também almeja uma ação estratégica e integrada, que pode ser definida em duas palavras. “Unidos, vamos a busca da interação entre desenvolvimento e floresta, respeitando a vida do nosso povo e a aspiração mundial de salvação do planeta”, resumiu.

O anfitrião do evento em coletiva à imprensa, governador Tião Viana, reafirmou a união dos estados para o desenvolvimento de ações econômicas que mantenham a atenção do bloco amazônico na preservação ambiental. Segundo ele, unindo a região e respeitando as vocações econômicas de cada estado, abre-se uma perspectiva de ações estruturantes.

Representantes do governo federal, governadores de cidades do Peru e Bolívia, e o ministro do Meio Ambiente da Colômbia também participaram da 16º edição do Fórum de Governadores da Amazônia Legal.

A reunião começou pela manhã e só foi encerrada à noite com as deliberações finais dos estados e a assinatura da Carta de Rio Branco. A Carta reafirmou o objetivo do grupo de construir uma agenda colegiada para a Amazônia Legal. As propostas debatidas ao longo do dia compreenderam as áreas de meio ambiente, segurança pública, turismo e comunicação.

Os governos também alinharam os próximos passos em relação ao Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, instrumento jurídico que vai facilitar a captação de recursos e o crescimento integrado da região. Sete estados já aprovaram o projeto de lei em Assembleia Legislativa, um a mais do que o quórum necessário paa que seja instituído. O lançamento oficial do Consórcio Amazônia deve ocorrer no evento Amazon Bonn.

 

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