O governador Pedro Taques vai participar, na sexta-feira (24), em Manaus (AM), de um encontro com governadores da Amazônia Legal para debater questões ambientais e econômicas para a região. Esta será a 11ª edição do Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, que deve contar com a participação de ministros e da presidente Dilma Rousseff.
No último Fórum, realizado em maio, em Cuiabá, os governadores e vice-governadores de oito Estados da Amazônia Legal assinaram a Carta de Cuiabá solicitando medidas para aumentar a captação de recursos para a redução das emissões do desmatamento e degradação. O documento, que também pediu mais ações para o desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal, foi encaminhado à Presidência da República. A expectativa é de que o 11º Fórum solidifique ainda mais o bloco formado pelos Estados da Amazônia Legal e o grupo ganhe força para debater questões climáticas e socioeconômicas.
Os governadores também devem aproveitar o encontro para debater outras questões como o pacto federativo, financiamento público de saúde e outros financiamentos para áreas como educação, energia e logística. Além da presidente, o encontro ainda deve contar com a presença dos ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Joaquim Levy (Fazenda) e Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos).
Entre as principais discussões está a possibilidade de que os estados possam receber retorno financeiro pelos serviços prestados em favor da natureza. Este retorno se daria pela regulação da Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD +), que converte a redução em créditos de carbono.
Mato Grosso é o estado que mais reflete a diversidade econômica e ambiental da Amazônia, pois compreende três biomas (Amazônia, Cerrado e Pantanal) e é o maior produtor brasileiro de soja e outras commodities agrícolas. Em contrapartida, conforme dados do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), do Inpe, o estado registrou redução do desmatamento de 5,2 milhões de hectares de florestas em seu território entre 2006 e 2014. A redução de desmatamento verificada evitou que 1,9 bilhão de toneladas de CO2 fossem lançados na atmosfera, volume maior que a redução de qualquer Estado da Amazônia para o período segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e inclusive maior que a maioria dos países que compõem o Anexo I, do Protocolo de Kyoto (1997).