A mobilização inédita em prol do desenvolvimento de uma região do país foi apontada pelo governador Pedro Taques como a principal responsável pela força política adquirida pelos seis estados que compõem o Brasil Central. A avaliação foi feita, esta manhã, em Palmas (TO), cidade que recebeu o terceiro encontro do Fórum de Governadores do Brasil Central.
Para Taques, é evidente que os esforços empenhados pelos gestores de Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Tocantins e o Distrito Federal se materializam em uma nova forma de interlocução com o governo federal de modo que as unidades federativas obtenham maior auxílio da União na concretização de políticas públicas.
O governador de Mato Grosso voltou a lembrar que os seis estados, juntos, são os responsáveis por sustentar a balança comercial do país e, por esse motivo, merecem retorno no âmbito econômico e mais engajamento político por parte da Federação. "Nossa força política nos faz grandes. Juntos, temos 18 senadores, 57 deputados federais, o que significa quase 10% da Câmara Federal, e 162 deputados estaduais", afirmou Pedro Taques.
Na terceira reunião do Fórum, desta vez em Palmas, os chefes dos Executivos estaduais assinaram um protocolo de intenções que define diretrizes para funcionamento do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central.
A autarquia será responsável por promover o desenvolvimento sustentável dos estados em diversas áreas estratégicas, como a infraestrutura e logística e a agropecuária, sendo que a do meio ambiente foi classificada como prioritária.
Taques foi enfático ao ressaltar a necessidade de, além de serem empenhados esforços para elaboração e efetivação de políticas públicas, a crise econômica e política nacional ser alvo de debate entre os governadores.
O governador do Tocantins, Marcelo Miranda, também defendeu as discussões acerca da crise do país. "Vamos dar a volta por cima e mostrar que o Brasil Central pode ser a solução. Os PIBs dos seis estados representam 11,27% da riqueza gerada no país. Esse diálogo que estamos tendo é necessário. Nasce um novo conceito de administração".
Já o governador de Goiás, Marconi Perillo, endossou as críticas ao Governo Federal ao lembrar as perdas dos estados com a desoneração da Lei Kandir, já que as unidades não são compensadas por meio dos recursos do Fundo de Apoio às Exportações (FEX).
Além deles, também participaram do evento o secretário executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Vitor Chaves, os governadores de Rondônia, Confúcio Moura, do Distrito Federal, Rodrigo Rolemberg, e de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, e os secretários mato-grossenses de Planejamento, Marco Marrafon, e de Assuntos Estratégicos, Gustavo Oliveira, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Guilherme Maluf, bem como secretários de outros estados.