O governador Pedro Taques (PSDB) confirmou que esteve reunido com Silval Barbosa (PMDB) na época da campanha eleitoral de 2014, mas refuta a acusação de que teria pedido cerca de R$ 20 milhões para ajudar nos custos do pleito. "Eu não vejo nenhum problema em 2 senadores e o prefeito se reunirem com o governador. Quando nós íamos subindo nas pesquisas o Silval nos convidou para conversar. O Mauro intermediou, mas eu nunca pedi um centavo se quer para ele", disse, hoje.
Na delação do ex-governador, ele afirma que houve uma reunião em que Mauro Mendes (PSB) falava no nome de Taques ao governo do Estado. De acordo com ele, o socialista pediu auxílio financeiro para a campanha do tucano no valor de R$ 20 milhões, sendo que em contrapartida, vencendo as eleições, Pedro Taques não iria vasculhar as contas das gestões anteriores.
O repasse não foi efetuado, mas a promessa de não investir de forma maciça na campanha de Lúdio Cabral foi cumprida. Mauro Mendes disse, em entrevista a Rádio Capital, que não pediu auxilio financeiro e nem fez trato com Silval. “O ex- governador cometeu muitos crimes e ele fazer delação agora não o torna um mocinho. No meu caso especificamente, ele cita que fiz uma solicitação de ajuda para campanha. Mas o que eu tenho a dizer é que nunca fui o coordenador financeiro da campanha do Pedro, mas se teve reunião eu posso dizer que foi bem antes da campanha eleitoral. Falamos de cenário político, possibilidades, possível candidatura de Taques, sobre Mato Grosso. Foi uma conversa de 1h, sem pedidos”, disse o ex-prefeito.