As dificuldades impostas pelos ocupantes das áreas de preservação permanente à beira do córrego Figueira, em Tangará da Serra, motivaram reunião entre o secretário municipal de Planejamento, Clóvis Batista da Silva, e o promotor Antônio Moreira da Silva, da Curadoria do Meio Ambiente do Ministério Público. Segundo o secretário, algumas famílias que ainda ocupam ilegalmente as APP"s estariam impedindo agentes do município de colocarem cerca para proteção das áreas. "Temos casos em que as cercas foram removidas", disse Clóvis Batista. Ele explica que muitas construções já desocupadas pelo município através de notificação foram reocupadas. "Como aquelas casas não foram removidas, acabaram sendo ocupadas outras pessoas", completou.
A situação foi comunicada ao promotor Antônio Moreira da Silva, que deverá marcar para breve uma visita aos locais onde há o impedimento de implantação das cercas. "Vamos propor uma solução pacífica. Mas estamos encontrando sérias dificuldades, já que em muitos casos os servidores se assustam", revelou Batista, referindo-se à manifestação "nada amistosa" dos ocupantes. A concessão de um prazo extra ainda não está definida, o que ocorrerá somente após a visita com o promotor aos locais de ocupação, cuja data deverá ser confirmada no início da próxima semana. Até o momento, o município já instalou 2,3 mil metros de cerca, havendo ainda mais 1,8 mil metros para implantação.