Empreendedores, trabalhadores e políticos do Mato Grosso estão preocupados com o teor de decreto presidencial, que está na iminência de ser publicado, proibindo a implantação de projetos industriais de usinas de álcool e açúcar, e a expansão do plantio de novas áreas de cana-de-açúcar, na Bacia do Alto Paraguai e no Bioma Amazônico. O senador Osvaldo Sobrinho (PTB-MT) pediu ao governo que não impeça a implementação de projetos já em andamento nos órgãos ambientais do estado.
– Preocupa-nos especialmente, em relação ao mencionado decreto presidencial, o fato de que já estão em andamento pedidos de licenças provisórias de unidades produtoras lá na região do médio-norte do nosso estado. Se o diploma legal em apreço vier de fato a ser editado na forma extremamente restritiva que vem sendo anunciada, ficariam inviabilizadas até mesmo essas unidades produtoras cujas licenças provisórias já foram requeridas – afirmou o senador.
Osvaldo Sobrinho explicou que quando essas novas empresas foram constituídas investiram em estudos econômicos e na pesquisa de viabilidade de projetos. Além disso, acrescentou, foi aprofundada a análise ambiental, social e econômica, que implicou na formulação de projetos energéticos voltados para o desenvolvimento sustentável.
O senador destacou que para a população dos municípios mato-grossenses a implantação dessas unidades de produção surgiu como o marco de uma nova fase de projetos e futuros investimentos na região. Ele completou que os projetos sucroalcooleiros que estão sendo analisados no órgão ambiental do estado não prevêem a abertura de novas áreas de plantio. Serão utilizadas pastagens já consolidadas e abertas.
– Aceitar a edição do referido decreto, na forma que ele vem sendo anunciado, com as severíssimas restrições que impõe, equivale a condenar o médio-norte de Mato Grosso à estagnação econômica. Não podemos concordar que se impeça aquela região de preservar na trilha do desenvolvimento sustentável, dando continuidade ao plantio da cana-de-açúcar, uma atividade já consolidada nas comunidades rurais há mais de vinte anos – declarou Osvaldo Sobrinho.