quarta-feira, 1/maio/2024
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Sinop: responsável por compras de remédios será ouvido pela CPI

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O responsável pela compra de medicamentos na Secretaria Municipal de Saúde, durante a gestão do ex-secretário Mauri Rodrigues de Lima, será ouvido, hoje, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos remédios vencidos. A oitiva terá início às 14h, na câmara. Não foi informado o nome e o atual cargo do servidor. O relator da comissão, vereador Fernando Assunção (PSDB), afirmou, ao Só Notícias, que o depoimento “definirá o rumo das investigações”.

Conforme Só Notícias já informou, a CPI que investiga a denúncia de medicamentos vencidos na secretaria fez a segunda oitiva na semana passada. Foram ouvidos dois servidores: a assistente administrativa Katiuscia Costa de Carvalho, hoje lotada na Secretaria de Finanças, e Valdivino dos Santos que era responsável pela compra de remédios e hoje presta serviços no setor de patrimônio da secretaria.

A servidora foi a primeira a prestar esclarecimentos e contou que durante um ano (maio de 2012 a maio de 2013) trabalhou na conferência de recebimento de medicamentos. “Toda a medicação que chegava na secretaria fazia a conferência, item por item, e se havia algum problema não recebia, a medicação era devolvida na hora. Por falta ou até mesmo prestes a vencer”, explicou ressaltando que não fazia parte do setor de compras. Katiuscia disse ainda que “no período em que esteve no setor já havia acontecido casos em que medicamentos venceram, embora em pequenas quantidades. Isso é um processo natural”.

Em seguida os vereadores Fernando Assunção, Wollgran de Lima (DEM), Carlão (PSD) e Roger Schallenberger (PR), sabatinaram Valdivino. O servidor explicou que durante o tempo em que era o responsável pela compra, “todo o processo era feito em cima de planejamento baseado na necessidade dos postos de saúde”. O servidor falou também que quando assumiu o setor de compras, de fevereiro de 2013 a setembro deste ano, os medicamentos que venceram já haviam sido comprados e que apenas “armazenou os frascos no almoxarifado”. Santos ressaltou ainda que “o uso anual desse medicamento é de, em média, dois mil frascos”. A compra de 12 mil frascos do antibiótico sulfametoxazol (usado para tratar infecções bacterianas), sendo que nove mil acabaram vencendo, foi feita em agosto de 2012.

O atual secretário de Saúde, Francisco Specian Júnior, também já foi ouvido pela CPI e admitiu que a equipe técnica chegou a alertá-lo sobre os medicamentos. “Não foi medido esforços para tentar trocar com outros municípios, mas não foi possível por dois motivos. Primeiro porque cada município já tem sua própria cota de remédios. Segundo, porque estes antibióticos que venceram já estavam sendo substituídos. Nenhum médico receita mais”.

A comissão também deve ouvir o ex-secretário da pasta, Mauri Rodrigues Lima, que estava frente à secretaria na época da compra dos remédios. Ele foi convocado para ser ouvido na última semana, mas pediu prorrogação do prazo alegando que “na data em questão, não poderia comparecer”.

A CPI terá o prazo de 60 dias para concluir os trabalhos, tempo que poderá ser prorrogado por mais 30 dias, caso haja necessidade.

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