O prazo dado pela prefeitura para apresentar uma proposta aos servidores municipais do setor educacional foi modificado. A previsão do Executivo era se reunir com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) ainda ontem, mas o encontro foi adiado para 10 de fevereiro. A secretária de Educação, Gisele Faria de Oliveira, o de Administração, Nevaldir Graf, o “Ticha” e Finanças e Orçamento, Teodoro Lopes, o “Doia”, encaminharam ofício ao sindicato, apontando que aguardam “ajustes financeiros referentes à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”.
Apesar de não adiantar o teor da proposta que será apresentada, Ticha confirmou que a prefeitura cumprirá o novo piso salarial dos professores, que passou de R$ 1.697, em 2014, para R$ 1.917,78, este ano, reajuste de 13,01%, superior a inflação.
O gestor ainda informou que a prefeitura “não terá dificuldades para pagar o que determina a lei. Os recursos financeiros estão na pasta da Educação”.
Entretanto, o vice-presidente do Sintep, Kleber Solera, afirmou, ao Só Notícias, que a equiparação salarial com os servidores estaduais e a redução da jornada de trabalho, de 40 para 30 horas semanais, permanecem como reivindicações da categoria.
“Não é só o piso. O que esperamos é uma proposta de valorização profissional. A princípio, o governador (Pedro Taques) anunciou que vai manter a dobra do poder de compra dos servidores estaduais. Queremos uma proposta semelhante para a rede municipal”, ressaltou.
A lei do piso estabelece o valor mínimo a ser pago aos professores com formação de nível médio, com jornada de 40 horas semanais. O reajuste é feito anualmente, com base no aumento do percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, ou seja, a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno, definido nacionalmente pelo Fundeb.
O piso subiu de R$ 950, em 2009, para R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011. Em 2012, o valor era R$ 1.451. Em 2013, o piso passou para R$ 1.567 e em 2014 foi reajustado para R$ 1.697. O maior reajuste foi registrado em 2012, com 22,22%.