PUBLICIDADE

Sinop: prefeitura diz que buscará solução com a câmara para evitar fechamento da associação que cuida de animais

PUBLICIDADE

A prefeitura vai tentar buscar uma solução para evitar o fechamento da Associação Protetora dos Animais de Sinop (Apams). A assessoria, em resposta a questionamento feito por Só Notícias, informa que a prefeita Rosana Martinelli (PR) pretende se reunir com os vereadores para discutir o assunto.

A assessoria ainda informou que, desde 2009, a prefeitura celebra convênios anuais com a Apams, e que já repassou R$ 970 mil, desde então. Para 2018, serão destinados R$ 112 mil, sendo R$ 60 mil de recursos próprios e o restante de emendas impositivas da Câmara de Vereadores. “A prefeitura lembra ainda que para o ano de 2018 já tem previsto convênio com 20 instituições do município e repasses de R$ 3,3 milhões”, afirmou a assessoria.

Conforme Só Notícias já informou, o encerramento das atividades da Apams foi anunciado esta semana. A alegação é de falta de recursos para manter a entidade, que atua recolhendo animais abandonados no município. “Todo ano é uma novela com este negócio de verba. Em 2016, recebemos R$ 370 mil de ajuda da prefeitura. Este ano, caiu para R$ 110 mil. Se é para ficar todos os anos nesta lamúria, implorando recursos, é melhor fechar”, afirma a diretora Luciane Pranti Chiarello.

Segundo ela, foram feitas algumas reuniões com a prefeita Rosana Martinelli (PR), no intuito de aumentar o valor do convênio. No entanto, não houve avanços. “Estou decepcionada mesmo. Não consegui nada. Só ‘enrolação’. Acho que em 12 anos já deu para ver que a instituição é séria e faz um trabalho correto, extremamente ético. Quem sabe agora, a gente não consegue um posicionamento da prefeitura”.

Além dos recursos públicos, a entidade conta ainda com uma ajuda média de R$ 5 mil mensais em doações de empresas e pessoas físicas. O valor ajuda a fechar as contas, mas ainda é insuficiente e, para ela, falta engajamento da sociedade e classe política com a causa. Com um gasto mensal estimado em R$ 50 mil, o restante da conta é custeado pela diretora, com recursos próprios. “Eu acabo pagando do meu bolso”, reclama. 

A diretora explica que a entidade, no primeiro momento, deixará apenas de receber novos animais. Atualmente, mais de 200 ainda aguardam adoção e, por tal motivo, os funcionários continuarão trabalhando. Neste sábado, a instituição fará uma feira de adoção, no pátio de uma empresa localizada no cruzamento das avenidas das Sibipirunas e Tarumãs. “Vamos tentar a doação deste animais, mas a gente sabe que não iremos conseguir para todos. Por exemplo, temos 16 paraplégicos que as pessoas não querem. Animais idosos, não querem também. Não vou abandoná-los”.

A Apams funciona em um espaço alugado de 450 metros quadrados, localizado no Setor Industrial Sul. O tamanho é insuficiente para a demanda de animais resgatados. Segundo Chiarelli, quando funcionou com recursos necessários, a entidade chegou a retirar até 4 animais das ruas por dia no município. Apesar de ter recebido, em doação da prefeitura, um terreno de 5 mil metros quadrados, localizado no Jardim Safira, também falta dinheiro para construção da sede própria, afirma Luciane.

A equipe da Apams é composta por sete funcionários, sendo dois veterinários. O grupo, após recolher os animais, também faz a vacinação, castração e, só então, os encaminha para adoção. “Você pega o animal destruído. Trata ele e isso leva, às vezes, até um ano. Neste período tem um custo para nós. Vacinamos, castramos e encaminhamos para a doação. Este trabalho é tão completo que nenhuma outra instituição do Estado faz. Por isso temos tantos gastos”.

A Apams continuará recebendo doações. Uma das formas é em débito automático em conta corrente (para clientes do Banco do Brasil) ou desconto mensal na conta de água. Para autorizar os pagamentos, os interessados devem imprimir e preencher formulários disponibilizados pela instituição. Em seguida, os documentos deverão ser devolvidos à entidade, que faz os trâmites com a concessionária de água e o banco para iniciar os descontos. Os interessados podem doar qualquer valor.

Apesar de ter anunciado o encerramento das atividades, Luciane mantém a esperança de revogar a medida. “Por enquanto, não vamos mais fazer este trabalho, a não ser que o poder público se manifeste com algo certo, que me permita ‘dormir à noite’, pagar meus funcionários e impostos. Hoje, precisamos, além destes R$ 110 mil do convênio com a prefeitura, pelo menos, mais R$ 250 mil (por ano) para fechar as contas apertado”, finalizou.

A Apams foi fundada em agosto de 2005.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

CPI conclui investigações sobre invasão de terras em Mato Grosso

Os deputados estaduais votaram, em redação final, o Projeto...

Nova Mutum: câmara vota redução de imposto para construção civil

O prefeito Leandro Félix (União) enviou, ao legislativo, projeto...

Sinop: vereadora comandará procuradoria da mulher da câmara

A solenidade de posse da Procuradoria da Mulher da...

Com investimento de R$ 5,4 milhões, governo de MT entrega escola reformada

O Governo de Mato Grosso entregou hoje a reforma...
PUBLICIDADE