
Um dos primeiros questionamentos é em relação a transferência de bens no processo de repasse dos serviços de água e esgoto para a empresa que vencer a concorrência. “O período de transferência da operação é de 90 dias, incluindo bens reversíveis. Que relação de bens é essa? Não tem anexo”. Outro é relacionado quanto a possíveis irregularidades com a futura concessionária, pois quem poderia apontar ações seria somente o poder executivo. “Se tiver alguma irregularidade a comissão [de acompanhamento] não vai participar? Para que foi formada?”. Outro ponto é voltado a possibilidade de ampliação do prazo de concessão. “ “Diz primeiro que a concessão é de 30 anos, mas e tiver uma ocorrência extraordinária podem aumentar mais o prazo? É até morrer?”.
O edital para concorrência foi publicado semana passada. A oficialização aconteceu em meio a uma polêmica, já que foram apontadas supostas irregularidades no processo até aqui, o que inclusive motivou uma ação civil pública movida pelo ex-vereador e empresário Valdir Sartorello (PSDB) que pede anulação dos atos feitos e está em tramitação. Há também questionamentos do MPE e Ministério Público Federal.
A empresa vencedora terá que investir R$ 287 milhões, sendo R$ 67 milhões em ampliação e manutenção da rede de água tratada e R$ 220 na implantação e manutenção da rede de esgoto e o município. No fim da concessão, a ganhadora terá que devolver para a prefeitura todos os bens móveis e imóveis com os investimentos feitos e as bem feitorias.


