quinta-feira, 2/maio/2024
PUBLICIDADE

Sinop: avaliadores detalham na CPI laudos dos aluguéis com preços acima de mercado pagos pela prefeitura

PUBLICIDADE

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga os valores pagos pela prefeitura de Sinop, na gestão do prefeito Juarez Costa, por aluguéis onde estão órgãos municipais ouviu, ontem à tarde, três avaliadores responsáveis pelos laudos sobre os valores pagos. Neiva Della Valle, perita em avaliações e proprietária de uma das empresas contratadas pela câmara, explicou que os laudos entregues são bastante precisos. “Fizemos comparativo com base nos valores da época em que o último aditivo do contrato foi assinado. Pesquisamos também os preços em sites de imóveis, além de uma análise nas proximidades dos prédios locados”, disse, ao Só Notícias.

Também prestaram depoimento Alex Sandro Kasssner (da mesma empresa de Neiva), Gilberto Carvalho (de uma imobiliária sinopense) e Tiago Cichelero (de uma empresa de engenharia sediada em Cuiabá). “Cada avaliação utiliza todas as variáveis que estão ali. É praticamente impossível que duas avaliações deem o mesmo valor”, afirmou Tiago Cichelero

Conforme Só Notícias já informou, nos seis primeiros laudos, foram apontadas diferenças entre os valores de contrato e o que deveria ser realmente pago. Pela avaliação das empresas, a prefeitura deveria pagar até R$ 4,7 mil pelo imóvel onde funciona o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS). No entanto, o contrato assinado estipula pagamento de R$ 12 mil mensais, uma diferença de, aproximadamente, 155%. As avaliadoras ainda levantaram o preço pago na região (Village) e constataram que o metro quadrado custa, em média, R$ 10,44.

O prédio onde funciona a Farmácia Regional IV, na rua João Pedro Moreira de Carvalho, que chegou a ficar fechado por sete meses, custa R$ 22 mil mensais. Para os avaliadores, que apuraram um preço médio de R$ 12 por metro quadrado na região, o valor máximo que deveria ser pago é R$ 10,8 mil. Na rua Colonizador Enio Pepino funciona a Secretaria de Obras. No ano passado a prefeitura deixou sua sede própria para alugar um imóvel por R$ 27 mil mensais. No entanto, segundo a avaliação, o prédio vale um aluguel máximo de R$ 23,7 mil. Na região, a metragem na região é R$ 11,22.

Foram avaliados ainda os alugueis dos prédios onde funcionam o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), na rua das Avencas, que a prefeitura paga R$ 33,6 mil. Para os avaliadores, deveriam ser pagos, no máximo, R$ 26,5 mil. No Centro de Especialidades de Reabilitação Dom Aquino, na avenida das Embaúbas, o valor pago é R$ 26 mil e os avaliadores apontam R$ 23,3 mil. No Centro de Formação e Núcleo Tecnológico Municipal (NTC), na rua das Primaveras, são pagos mensalmente R$ 19,6 mil e os avaliadores apontaram que deveriam ser R$ 14,5 mil.

Também foram convocados 15, dos 18 corretores, que avaliaram os contratos de locação da prefeitura, na época em que foram assinados. No entanto, apenas seis (Neiva Dopper, Mariceni Boscoli Dias, Alfredo Kirsch, José Capelo, Antônio Carlos Garcia e Paulo César de Oliveira) compareceram para responder aos questionamentos dos parlamentares.

A comissão deve se reunir na próxima sexta-feira (15). A assessoria informa que será feita  nova convocação dos corretores que não compareceram. As oitivas são referentes aos seis primeiros contratos entregues pelos avaliadores. Ao todo, são investigados 59 imóveis locados pela prefeitura. O prazo final para entrega do relatório da CPI é dia 28 de maio. 

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE