Em meio a fortes rumores de que o atual secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, permaneceria à frente da pasta até sexta-feira (6), o governador Silval Barbosa (PMDB) e o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, negaram a informação. O nome que substituiria Mauri é o do médio cardiologista Jorge Lafetá, cuja suposta indicação já havia sido ventilada para assumir a saúde.
A insatisfação com a gestão de Mauri seria de cunho político, já que devido a falta de habilidade, o secretário foi motivo para que o PP, sigla que o indicou, retirasse seu apoio ao governo. Outras críticas são referentes às declarações polêmicas sobre a falta de medicamentos na Farmácia de Alto Custo e de que o governo não teria controle sobre o que é gasto com as Organizações Sociais de Saúde (OSS).
Outros desgastes são referentes às caixas de medicamentos vencidos encontradas no estoque da Farmácia de Alto Custo, que já passa por intervenção do Estado após confirmação em auditoria, de prejuízos na ordem de pouco mais de R$ 3 milhões.
Além disto, Mauri foi acusado pelo ex-secretário de Saúde e deputado federal, Pedro Henry (PP), de desviar R$ 37 milhões, que deveriam ter sido investidos no Hospital Regional de Sinop, cujos recursos são oriundos do Ministério da Saúde. O deputado participou de oitiva na Assembleia Legislativa, esta manhã.
Mauri é esperado, amanhã, às 9h, para esclarecimentos na Assembleia Legislativa sobre a denúncia apresentada por Pedro Henry. Devido a todo o desgaste, sua substituição é dada como certa nos bastidores, ainda assim, o governo nega troca na Saúde.
Por diversas vezes, a polêmica sobre a permanência de Mauri já foi suscitada, sendo que desde que assumiu, o secretário é assombrado pela possível exoneração. Rumores dão como certa a substituição de Mauri por Lafetá.
Desde abril, Jorge Lafetá responde como assessor especial da Secretaria de Saúde, e já atuou como ex-superintendente do Pronto Socorro de Várzea Grande.