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Silval teria se reunido com empresário que delatou esquema fraudulento

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O governador Silval Barbosa (PMDB) teria combinado, por telefone, uma reunião com o principal delator do suposto esquema de corrupção, o empresário Júnior Mendonça. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, no dia 17 de janeiro de 2012, o empresário fez ligações para dois celulares diferentes do governador. Segundo a suspeita da PF, ele estaria cobrando por pagamentos atrasados do governo à sua empresa, a Amazônia Petróleo, dona de postos de combustíveis no Estado.

Esta e outras empresas de Júnior Mendonça são apontada, pela PF, como uma espécie de "banco clandestino", que desde a gestão do atual senador Blairo Maggi (PR), de quem Barbosa foi vice no governo, recebiam empréstimos privados fraudulentos e recursos desviados de cofres do Executivo, Legislativo e Judiciário, repassando a autoridades do Estado.

A Amazônia Petróleo teria recebido, pelo menos, R$ 12 milhões, em 2011, durante a gestão do atual governador. Sem contar que nos últimos dez anos manteve contratos com Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Prefeitura de Cuiabá, entre outros órgãos estaduais. Quando a PF conseguiu autorização da justiça para quebrar os sigilos bancários, descobriram que as movimentações financeiras de familiares e empresas de Júnior Mendonça era incompatíveis com a renda ou lucro.

De acordo com trecho da conversa obtida pela Folha, o empresário tentou uma ligação, mas Silval não atendeu. Em uma outra conversa gravada, ele sugere cancelar o fornecimento de materiais ao governo, o que acabou ocorrendo. Horas depois ele conseguiu falar com Silval e marcou a reunião para dois dias após. “É coisa rápida, só para tomar um café com você aí e te desejar um feliz 2012”, diz o empresário.

O governador, em nota, disse ter convicção de que os fatos serão esclarecidos.

Já o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), disse ter tomado um empréstimo legal com a Amazônia Petróleo, em 2012, no valor de R$ 3,5 milhões. Em 2013, a empresa venceu uma licitação, no mesmo valor do empréstimo, sem licitação. Porém, o prefeito nega irregularidades.

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