O júri dos acusados de envolvimento no assassinato do prefeito Antônio Luiz César de Castro, o Luizão, acabou de ser suspenso em Nova Canaã do Norte. Um dos jurados teria sido ouvido durante o inquérito policial, o que não é permitido.
Logo no início da sessão, com a leitura do processo, houve a constatação que o jurado prestou depoimento durante o processo investigatório. A juíza Giselda de Oliveira Andrade remarcou o júri para amanhã, às 8h. Será feito novo sorteio para definir os sete jurados.
Wanderlei Teixeira de Almeida, 45 anos, -que aguardava julgamento preso em Sinop e foi recambiado ontem a Canaã- deve ficar na cidade. Vanildo dos Santos, 40, também será julgado. Ele responde em liberdade.
Diversas pessoas estavam no plenário da câmara vestindo camisetas prestas e pedindo justiça e condenação dos acusados.
Conforme Só Notícias já informou, o crime ocorreu em 2011, no estabelecimento conhecido como ‘Pista de Laço’. O prefeito foi morto com seis tiros, à queima roupa, quando saía de uma festa. O assassino, que usava um capuz, ainda não foi identificado, mas Wanderlei foi apontado como o mandante do homicídio. Vanildo é acusado de coação de testemunhas e de ter colaborado para a fuga de Wanderlei. De acordo com a acusação, Wanderlei teria mandando matar Luizão depois que ele adquiriu, através de um leilão realizado pela Justiça Federal do Ceará, um imóvel comercial, que supostamente pertencia ao irmão do suspeito, que é apontado pela polícia como um dos “mentores intelectuais” do assalto ao Banco Central, no ano de 2005 em Fortaleza (CE). A justiça considerou que o prédio foi comprado com o dinheiro do assalto e o colocou em leilão. Desde que comprou o imóvel, o prefeito teria sido ameaçado por Wanderlei.
Em 6 de abril de 2010, Luizão fez representação contra Wanderlei, alegando ter sido ameaçado ao tentar negociar e repassar o imóvel para outra pessoa. A denúncia do MP aponta que Wanderlei contratou uma terceira pessoa para cometer o crime. Três dias depois, com o auxílio de Vanildo dos Santos, ele fugiu para Sinop e, de lá, a São Paulo, onde foi preso na cidade de Diadema. Atualmente, Wanderlei está preso em Sinop, no Ferrugem.
Já Vanildo, teve a prisão revogada há um ano e responde o processo em liberdade, pelo crime de coação e favorecimento pessoal. Foi feito um credenciamento para quem deseja assistir o júri, sendo que apenas 100 lugares foram disponibilizados.