Os servidores de 1º e 2º escalões do governo estadual, presos na Operação Jurupari, mês passado, foram exonerados pelo governador Silval Barbosa. No diário oficial constam as exonerações de Silvio Correa, que era chefe de Gabinete no Palácio Paiaguás, do secretário adjunto da Seder, Afranio Migliari e de Alex Sandro Marego, que era secretário adjunto de Mudanças Climáticas. Para o lugar de Marego, conforme Só Notícias antecipou, foi nomeado o diretor do Cipem, Julio Bachega (que é engenheiro florestal). Karyn Gomes, que era diretora da Sema, também foi exonerada, além de mais 2 servidores que também são investigados pela Polícia Federal por irregularidades em projetos ambientais para fazendeiros, madeireiros e donos de áreas. Outros são acusados de intermediarem soluções para projetos que continuam ilegalidades e que foram liberados. A PF indiciou praticamente todos que acabaram sendo presos e enviou o processo ao Ministério Público.
O governador ainda não nomeou novo diretor do Presídio Ferrugem em Sinop para suceder João Domingos de Araújo, exonerado do cargo, no mês passado, pelo fato de terem sido raspados cabelos dos presos que foram encaminhados pela Polícia Federal. Funcionários da unidade chegaram a fazer um manifesto de apoio ao trabalho desenvolvido por Domingos. Portando faixas, eles se concentraram em frente a sede da Polícia Federal, no centro. Sábado à noite, durante discurso de abertura da 26ª Exponop, o prefeito Juazez Costa (PMDB), parabenizou o governador por ter afastado o diretor. “O senhor (Silval) disse que tomaria uma providência e tomou, afastando o diretor. Mandar cortar o cabelo de empresários, de gente que está trabalhando há anos em Sinop e não é “bandido”, sofrer tal humilhação, não se pode aceitar”, declarou.
A Assembleia Legislativa ainda não informou se deve afastar dois servidores que estão sendo investigados.