quarta-feira, 8/maio/2024
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Silval depõe novamente em CPI e pede desculpas por obras que não foram finalizadas

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O ex-governador Silval Barbosa depôs, esta tarde, pela segunda vez na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades nas obras da Copa do Mundo em Cuiabá e Várzea Grande. Ele está preso, mas recebeu autorização da justiça para depor. Silval alegou desconhecimento geral de irregularidades. "Meu erro foi fazer esse volume de obras, peço desculpa para todos, a sociedade. Fugiu do meu controle e vontade de terminar por causa desse conjunto burocrático. Ninguém sonha mais do que eu com essa obra do VLT", disse, aos deputados. Ele argumentou que não conseguiu multar as empresas que estrasaram as entregas por causa da burocracia.

O deputado Wilson questionou Silval sobre o que ele faria se virasse governador agora. Silval respondeu que tocaria as obras, e aproveitaria todos os recursos alocados para concluir o pacote de obras. Silval alega que realizaria as auditorias que Pedro Taques realizou, porém, sem o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). "Eu faria as auditorias,  mas não acho justo com o Cira". 

Wilson questionou Silval sobre a declaração de José Riva em distribuir a ‘carga’ de diversas responsabilidade a cada um. Silval respondeu que “ele trabalhava em todo estado, estava envolvido em tudo, eleição de associação de municípios, obras ou assuntos importantes estava Riva brigando por tudo. Ele que faça o que desejar. Ele não tinha como interferir nas ações que tomávamos”.

Ao final da oitiva, Silval apresentou à CPI documentos que, segundo ele, comprovam que ao contrário do que afirma o atual governo, quando deixou a gestão, teria deixado recursos da ordem de R$ 684 milhões, além de outros R$ 80 milhões que teria efetuado em pagamento e que o Banco do Brasil devolveu no dia 2 de janeiro, somando, segundo ele, 764 milhões em caixa.

Silval também entregou documentos que comprovariam outros recursos que havia deixando encaminhado, como para a execução do rodoanel Cuiabá/Várzea Grande, obras em estradas nas regiões de Barra do Garças, Castanheira e Colniza, asfaltamento em diversas cidades do interior e mais de R$ 1,5 bilhões assegurados, sendo R$ 850 milhões a serem realizados dentro do MT Integrado.

O deputado Oscar Bezerra, presidente da comissão, disse que "secretários com superpoderes, tomando atitudes e decisões unilaterais e que o ex-governador teria “conduzido o processos de forma equivocada, uma vez que buscou muitos recursos sem as condições e quadro de pessoal para responder pela execução, causando prejuízos a Mato Grosso.

Bezerra quer conclui, no máximo 30 dias, o relatório final dos trabalhos e aponta que há subsídios suficientes para um relatório substancioso e a CPI não se furtará a fazer indicações ao Ministério Púbico Estadual ou a qualquer outro órgão competente se concluídos indícios suficientes, seja contra qualquer gestor.  Sobre a possível necessidade de um novo depoimento, se houver necessidade, a CPI o fará em reunião fechada, informou a assessoria.

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