Severino Cavalcanti não é mais presidente da Câmara dos Deputados. Ele acaba de renunciar mandato de deputado federal após ser apresentado cheque do empresário Sebastião Buani, dono de restaurante na câmara, que pagou propina para que ele continuasse com a concessão. Ele disse que até 2003 chegou a repassar cerca de R$ 120 mil a Severino.
Severino fez um discurso de aproximadamente meia hora. Fez um balanço dos 7 meses que presidiu a câmara e desabafou: “Vou comprovar minha inocência. Aqueles que me atiram as primeiras pedras, que resisitem a me escutar, não estão preocupados de apurar a verdade, mas apenas a atender os clamores de sangue e vingança.
Muitos estranharam minha demora em reagir. Vejo que renuncia é confussão de culpa. Mas, no meu caso, isso significaria admitir atos que não pratiquei e, pelos quais, não pratiquei. Meus acusadores não me deixaram alternativa. Minha culpadidalidade foi declarada sem que me defendesse.
Veio pela imprensa, por alguns poucos, em alguns interessados em tomar a vaga de presidente da câmara. Vou provar que estou sendo condenado pela palavra de um empresário desastrado, mentiroso e devedor dos cofres públicos.
Todos serem muitos breves julgados pelo povo. Para quem dedicou sua vida à política
Voltarei. O povo de pernambuco me absolverá. Saio daqui com semblante de homem feliz que sacrificou sua função para que essa câmara volte a funcionar”, afirmou.
Houve manifestações e protestos, nas galerias da câmara, contra Severino. A sessão chegou a ser suspensa.
Até que seja eleito o novo presidente da Câmara, o vice-presidente José Tomaz Nonô (PFL) ocupará o cargo, por cerca de 5 meses