sexta-feira, 19/abril/2024
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Serys diz que Alexandre fez campanha “milionária” e com dinheiro suspeito

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A luta pela direção estadual do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso ainda promete capítulos de muita emoção, com a possibilidade de revelações comprometedoras. No final de semana, em novos debates envolvendo os candidatos do partido, a senadora Serys Slhessarenko voltou a carga contra Alexandre César, do Campo Majoritário. Segundo a senadora, Alexandre utilizou recursos milionários na campanha – dinheiro que, segundo Serys, tem origem claramente duvidosa.

Candidato derrotado ao Palácio Alencastro nas últimas eleições, César passou a ser alvo de críticas da senadora Serys, após a divulgação de que a Direção Nacional do partido teria utilizado “Caixa 2” para financiar candidaturas petistas em todo o país. “Queremos resgatar o PT dos dirigentes equivocados que hoje compõem a maioria da direção nacional e de Mato Grosso, que muito contribuíram para levar o PT à atual crise de identidade”, alfinetou Serys, que também defendeu lançamento de candidatura própria do PT ao Governo do Estado, em 2006.

Ela também condenou César pelo amplo arco de alianças firmado no segundo turno, com partidos “que não possuem nenhuma afinidade ideológica com o PT e que sempre combatemos”. Entre eles, o próprio acordo com o governador Blairo Maggi, conduzido a um entendimento que só agora começa a se desfacelar, com o afastamento do chefe do Executivo do presidente Lula.

Alexandre César é o atual presidente do Diretório Estadual do PT em Mato Grosso e membro da corrente petista denominada “Campo Majoritário” – também composta pelo deputado federal Carlos Abicalil e deputado estadual Saguás Moraes.

Os ataques da senadora, porém, tiveram resposta. Alexandre César, a exemplo do que já disse em outras ocasiões, colocou em dúvida a lisura de Serys no que diz respeito a eleição ao Senado. Alexandre disse que a vitória da petista. foi fruto de um acordo com o PFL, feito “por debaixo dos panos”.

Tanto Alexandre como Serys, no entanto, evitam avançar na questão. As acusações mutuas fazem parte apenas de uma luta interna no partido. O vereador Ludio Cabral, por exemplo, disse que tanto Serys como os demais petistas que ocupam cargos eletivos são responsáveis pelo rumo tomado pelo PT à época das eleições. Tanto que todos fizeram campanha aberta a César e participaram das carreatas e comícios. “Todos os membros do PT em Mato Grosso, independente de pertencer ao campo majoritário ou minoritário, são culpados pelos erros cometidos na campanha. Houve falta de ética e descompromisso daqueles que não concordavam com os rumos tomados. Porque ninguém levantou a voz na época e se opôs ao projeto adotado?”, indagou.

O Processo de Eleições Diretas do Partido dos Trabalhadores ocorre em todo o país no dia 18 de setembro, das 9 horas às 17 horas. Estão em disputa 10 chapas nacionais e sete candidatos (as) à presidente do Diretório Nacional. Em Mato Grosso, quatro chapas e quatro candidatos a presidente disputam o Diretório Estadual do PT. No Estado, estão aptos a votar 14.820 filiados e no Brasil, 826.275 filiados, distribuídos em 4.637 municípios.

Serão realizados 10 debates nos pólos regionais em Mato Grosso, nos meses de agosto e setembro, para discutir a conjuntura estratégica partidária, plano de ação e construção partidária

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