Servidores públicos municipais rejeitaram, em assembléia geral realizada ontem, a contra-proposta de reposição salarial apresentada pela Prefeitura de Rondonópolis, que previa até 10% dependendo da faixa salarial de cada servidor. Os servidores com os menores salários na administração municipal receberiam o volume máximo proposto e os que recebem mais receberiam no máximo 3,73%.
Nesta ocasião, os servidores presentes decidiram manter o pedido de 25% de reposição salarial. Proposta surgida durante a assembléia de ontem de uma reposição um pouco menor do que o índice reivindicado originalmente também foi rejeitada. A maioria dos servidores entende que é preciso defender a isonomia salarial, alegando que, se houver a concessão de um índice maior para uns, os demais também têm direito. Inclusive, o vereador Adonias Fernandes externou que, caso seja aceito índices diferenciados para os servidores, haverá um racha na categoria.
A próxima assembléia geral acontecerá em frente a sede do paço municipal, na Vila Aurora, a partir das 15h, da próxima segunda-feira. Na oportunidade, haverá até um ato público organizado pelos servidores. O indicativo de greve da categoria vence dia 11 deste mês, que cai em um domingo. Se até a manhã do dia seguinte, o prefeito não oferecer novos índices aos servidores, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur) votará, na assembléia da tarde do dia 12, a deflagração da greve ou uma paralisação similar à promovida pelos agricultores, durante a crise do setor.
A assembléia de ontem também definiu uma reunião com diretores das escolas municipais, objetivando pedir maior respaldo na mobilização da categoria. O Sispmur apresentou ainda dados que deixaram grande parte dos trabalhadores público preocupados, evidenciando que 45% dos servidores da prefeitura são de carreira e os 55% restantes são contratados, têm cargos de confiança ou são estagiários.
O prefeito Adilton Sachetti repassou à imprensa que estaria impossibilitado de dar um aumento maior ao funcionalismo, pois colocaria em risco até os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que está sendo executado pelo município.