Os deputados se comprometeram em intermediar, nos próximos dias, uma audiência com o governador Blairo Maggi (PPS) para discutir sobre a equiparação salarial dos servidores ativos, inativos e pensionistas da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz). Eles entregaram um abaixo-assinado contendo assinaturas de aposentados que contestam a perda do poder aquisitivo e a redução salarial em até 70%.
A garantia foi dada pelo presidente da Casa, deputado Silval Barbosa (PMDB), durante uma reunião, no Legislativo, realizada após a sessão matutina desta terça-feira (11), com os presidentes do Sindicato dos Profissionais de Tributação, Arrecadação e Fiscalização de Mato Grosso (Siprotaf) e dos Fiscais de Tributação Estadual (Sinfat), Étore Zoccoli Sobrinho e Eronides Araújo Filho, respectivamente.
Silval também garantiu que todas as mensagens do governo referente ao Grupo TAF serão amplamente discutidas com os servidores. “Vamos marcar a reunião com o governador e com a comissão de aposentados e pensionistas para apresentar as perdas salariais e dificuldades que estão passando”, afirmou Silval.
Riva cobrou empenho dos parlamentares para resolver a questão. “Temos que nos debruçar sobre essa situação e encontrar uma solução porque são pessoas que já contribuíram muito com o Estado. E, agora é hora do Estado e da Assembléia fazer alguma coisa”, disse o primeiro-secretário, José Riva (PP), ao destacar a trajetória do ex-deputado Pedro Lima, que chorou durante a reunião após relatar a situação categoria. Da mesma forma, o deputado José Carlos de Freitas disponibilizou o seu gabinete e garantiu empenho na viabilização de medidas que solucionem o impasse.
Aumento vinculado
Atualmente o Siprotaf conta com 927 servidores cadastrados e o Sinfat possui 300. Sobrinho explicou que o reajuste dos servidores depende do aumento salarial do governador Maggi. Eles defendem um sub-teto de pelo menos R$ 12 mil, que segundo ele, representaria um reajuste de 14,64% aos servidores que têm vínculo com o salário do governador. Ele explica que essa equiparação contemplará todos os servidores ativos, inativos e pensionistas. No entanto, lamentou que na última audiência com o governador não houve avanços. “Ele está irredutível, mas creio que com a ajuda dos nossos parlamentares poderemos ter sucesso nessa reivindicação”.
Ao elencar as dificuldades que os servidores vêm sofrendo, Eronides Filho argumentou que a situação dos aposentados é ainda pior, porque além de não receber reajuste, ainda foram taxados em 11% pela contribuição previdenciária. “Em nossos sindicatos não há distinção. Lutamos por melhorias para todos os servidores”, afirmou, ao destacar que no caso de pensionistas a perda é de 30% dos proventos.
Mesmo recebendo um reajuste em 2004 de 7,67% e neste ano de 19,32%, Sobrinho alega que o percentual não foi suficiente para repor as perdas salariais. Um dos entraves, segundo ele, se deve a Reforma da Previdência, que obrigou a categoria a contribuir com 11% dos proventos.”Com isso, as reposições não vieram a contento”.