Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde da Assembleia Legislativa definiram hoje o deputado Sérgio Ricardo (PR) para presidir o grupo. A comissão vai apurar o uso dos recursos repassados pelo Estado para a Prefeitura Municipal de Cuiabá, que enfrenta greve dos médicos há mais de 50 dias, por melhores salários e condições de trabalho. O deputado Walace Guimarães (PMDB) foi escolhido, por 4 votos relator. O governo fica com o comando da CPI com Sergio e Wallace. A deputada Chica Nunes (DEM) será a vice-presidente. O deputado Percival Muniz (PPS), autor do requerimento, foi “barrado” na presidência da comissão. Conforme Só Notícias já informou, como autor, ele seria o presidente, mas as articulações das bancadas de sustentação ao governo evitaram que ele ficasse no comando.
Agora, a comissão tem um prazo de 180 dias para investigar e divulgar o relatório final das investigações. As reuniões estão previstas para acontecer todas as quintas-feiras, a partir das 14 horas, na Assembleia. A primeira reunião da CPI, que será aberta ao público, acontece amanhã às 14 horas, no Parlamento. De acordo com o Sérgio Ricardo, a CPI não será um instrumento do processo eleitoral – 2010 – mas uma bandeira para melhorar a saúde da população mato-grossense.
“A CPI será colocada a serviço da saúde e não servirá de palanque eleitoral. A CPI vai cumprir o seu papel e se colocará à disposição da sociedade para qualquer sugestão. Todos os membros vão trabalhar de forma transparente”, disse Sérgio Ricardo.
O deputado Percival Muniz, que propôs a instalação da CPI da Saúde, ficou como membro da comissão e apresentou 10 requerimentos que pedem informações tanto ao Governo do Estado quanto à Prefeitura de Cuiabá. Todos estão relacionados a pasta da saúde.
Entretanto, a deputada Chica Nunes acabou pedindo vistas das proposituras, o que acabou sendo rejeitada pelos membros da comissão. Para analisar esses requerimentos, os deputados, membros da CPI, vão se reunir hoje (4) à tarde para emitir parecer sobre as 10 sugestões.
Para o deputado Walace Guimarães, além de os recursos à saúde serem “poucos, eles estão sendo mal gerenciados”. Ele afirmou ainda que o período de 180 dias é suficiente para apurar as possíveis irregularidades cometidas com os investimentos destinados à saúde.
“È preciso corrigir as distorções como, por exemplo, as de o Estado deixar a saúde sob os cuidados da prefeitura de Cuiabá, principalmente, as cirurgia de alta complexidade”, destacou Walace Guimarães.