O senador de Mato Grosso, José Medeiros (PPS), se reuniu com o prefeito de Santos (SP), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), para cobrar uma solução para o bloqueio à caminhões durante o dia no porto do litoral paulista. O local está interditado para tráfego das 4h às 22h, desde o incêndio em uma empresa de armazenagem de combustíveis, que começou no último dia 2 e durou oito dias. De acordo com o senador, os prejuízos diários para Mato Grosso chegam a R$ 3 milhões. “O problema não é local. É nacional. Nesta reunião eu expliquei para o prefeito o quanto esta situação está impactando nosso Estado”, afirmou.
Para Medeiros, a decisão de fechar uma das vias, o que impede o acesso de 12 mil a 18 mil caminhões diariamente, não foi baseada em estudo técnico. “Eu não fiquei convencido com a explicação. Foi uma decisão política. Acredito que se houver vontade, tem como fazer uma força tarefa para que estes caminhões possam avançar”.
De acordo com a assessoria do Senado, até agora cerca 400 mil toneladas deixaram de ser exportadas devido ao incêndio. O problema preocupa, uma vez que o período é de escoamento da safra de soja, que neste ano deve bater novo recorde e chegar a 200 milhões de toneladas.
O fogo no porto de Santos começou na quinta-feira (2) por volta das 10h, com a explosão de um dos tanques e durante a semana, ele se espalhou por um total de seis tanques. Apenas na última sexta-feira (10), as chamas foram totalmente extintas, mas os trabalhos continuaram para evitar o reaparecimento de focos de incêndio.
As causas do incêndio ainda não são conhecidas e o acidente não deixou vítimas ou feridos. A previsão é de que o rescaldo – fase de combate ao incêndio onde os bombeiros buscam focos de calor ou brasas que podem reiniciar o fogo – dure toda esta semana.