quinta-feira, 9/maio/2024
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Secretário nega disputa interna no PMDB

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“Não há PMDB do Bezerra e nem PMDB do Silval”. A afirmação foi feita pelo secretário geral do partido, ex-deputado Nico Baracat, ao garantir que essa divisão existe apenas no imaginário das pessoas, especialmente da classe política. “O PMDB é um só”, sustentou. Apesar da sua veemência na defesa da unidade da legenda em Mato Grosso, a simples sinalização feita pelo governador Blairo Maggi para a agremiação participar do seu secretariado expôs, de forma indelével, a luta interna travada silenciosamente entre o presidente regional, deputado federal Carlos Bezerra, e o vice-governador Silval Barbosa.

Principais lideranças do PMDB do Estado, eles têm projetos políticos incompatíveis. Bezerra sonha em voltar ao Senado ao mesmo tempo que Silval trabalha para suceder Blairo Maggi no Palácio Paiaguás. Os dois sabem que, em 2010, um terá que sacrificar pelo outro e, por isso, travam uma disputa nos bastidores do partido para se fortalecerem.

Desde o final do ano, quando o governador decidiu abrir espaço para o PMDB, Silval Barbosa, que foi encarregado de negociar com o partido, ficou em dúvida de que forma iria conduzir o processo. “Eu fiquei sabendo em dezembro passado que o PMDB iria ocupar uma Secretaria, mas que a questão seria discutida agora em janeiro”, revelou um membro da executiva.

Ele decidiu que era importante trazer para o grupo de Bezerra para apoiar o governo e, dessa forma, iria sugerir que o nome da ex-deputada Teté Bezerra para a Secretaria do Desenvolvimento do Turismo (Sedtur). A sua estratégia vazou a imprensa e o presidente regional reagiu imediatamente contra. “O PMDB não está atrás de cargo”, disse.

A posição de Carlos Bezerra tem, como pano de fundo, a sua intenção de se aliar, no Estado, ao PSDB, enquanto Silval Barbosa espera manter a relação com PR. O presidente peemedebista sabe que só poderá ser candidato ao Senado se estiver junto com os tucanos e o vice-governador deposita confiança de que assumirá o Palácio Paiaguás se tiver o apoio de Blairo Maggi e, conseqüentemente, do seu grupo político.

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