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Secretário explica em CPI plano para acabar obras da copa, VLT e defende prisão para ex-diretores da Secopa

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O secretário de Estado de Cidades, Eduardo Chiletto, prestou esclarecimentos, esta manhã, para deputados da Comissão de Infraestrutura Urbana e de Transporte da Assembleia Legislativa sobre os planos do governo estadual para concluir as obras e o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) funcionar (está há mais de um ano atrasada). Chiletto argumenta que o governo tem interesse em terminar o modal e, em 120 dias a empresa responsável pelo estudo de viabilidade do modal, dirá se há condições de retomar o VLT.

“A consultoria dirá se a operação é viável ou se passaremos pra concessão pública e privada e também se o Estado deve investir mais recursos, ou não.”, disse o secretário, adiantando, caso a consultoria dê resultado positivo, as obras poderão seres retomadas em fevereiro de 2016.

Para o secretário, diretores da Secopa (nas gestões anteriores) também devem ser presos por causa das irregularidades encontradas nas 56 obras da copa e citou como pior exemplo, o viaduto da Sefaz (em frente a Secretaria de Fazenda), onde houve até mesmo especulações sobre demolição. “Queriam que nós entregássemos o viaduto mal acabado, sem qualidade e não aceitamos. Hoje, mostramos que é possível entregar obras com 100% de qualidade e será assim em todas as obras”.

Para o secretário, as obras do mundial foram legados da maldição. “Só problemas, não tiveram cuidado em realizar previsão orçamentária. Foi um descaso com a sociedade dos gestores, as pessoas que cometeram esses crimes têm que serem presas, o chefe maior já está preso”, disse Chiletto, referindo-se ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

Para concluir todas as obras ele prevê que serão necessários R$ 160 milhões, com exceção ao VLT. Ele aponta ainda que o Estado economizou recentemente R$ 38 milhões, nos últimos três pagamentos a empreiteiras, com realizações de novas medições de obras.

O secretário confirmou que a prefeitura da cidade Petrolina (PE), teve interesse em comprar os vagões do VLT, já que a obra naquela cidade já estaria quase pronta. Mas a venda é impossível, se não houver rescisão total do contrato", alertou Chiletto, apontando que uma empresa ainda é responsável pelo material rodante do VLT.

“Eles sabem que vai demorar e pediram novos vagões pra eles pagarem e pra que nós cedêssemos os nossos , mas é impossível, não recebemos a obra pra dizer que ela é nossa”, aponta o secretário.

São 40 composições de VLT estão armazenadas no pátio do Centro de Manutenção e Controle Operacional, em Várzea Grande.

O deputado Emanuel Pinheiro (PR) questionou sobre a procedência da empresa que irá realizar o estudo de viabilidade do VLT, ele aponta que os resultados de auditorias já foram investigadas pela Polícia Federal, por acusações de projetos superfaturados na Petrobrás.

“Queremos deixar claro que o secretário foi alertado, não estamos querendo atrapalhar e ajudar o governo a encontrar uma solução para concluir o VLT que é um caminho sem volta, já foram investidos mais de R$ 1 bilhão não se pode abandonar esta obra que a sociedade quer ver funcionando”, disse o deputado, através da assessoria.

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