A prefeitura de Colniza informou, ao Só Notícias, que o secretário de Finanças Adnilson Ferreira, baleado na perna e nas costas durante o atentado que resultou na morte do prefeito Esvandir Antônio Mendes, o Vando, 61 anos, na última sexta-feira, pediu desligamento do cargo. A filha de Vando, Ana Franciely Mendes, que era secretária de Administração também deve oficializar pedido de saída.
Adnilson chegou a passar por uma cirurgia para retirada das balas teve hemorragia, foi encaminhado a uma unidade hospitalar em Juína e recebeu alta na terça-feira. Ainda de acordo com a assessoria, ele deve retornar para Rondônia, onde morava. O pedido de exoneração ainda deve ser oficializado ao novo prefeito, Celso Leite Garcia (empossado na última segunda-feira). Os outros secretários municipais que estavam com Vando devem continuar na administração. Não foi informado se já são cogitados nomes para as secretarias de Finanças e Administração.
Conforme Só Notícias já informou, o prefeito Vando foi assassinado, na avenida 7 de setembro, quando dirigia uma Toyota SW4 preta, foi perseguido por pistoleiros em um carro. Eles fizeram vários disparos na lateral do motorista. O prefeito acabou morrendo na hora. Com o prefeito também estavam a esposa dele e o genro que não tiveram ferimentos. O secretário de Finanças foi alvejado.
A secretaria de Segurança Pública montou uma força tarefa e três suspeitos foram presos pelo assassinato do prefeito. Eles foram localizados em uma estrada, entre os municípios de Juruena e Castanheira, no sábado, em um Fiat Uno cinza, quando foram abordados por policiais do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da Polícia Civil de Juína. Foram apreendidos R$ 60 mil, em espécie. Segundo o delegado Caio Álvares Albuquerque, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, o dinheiro pertence a um dos suspeitos que é empresário. "Dois deles confessam e um permaneceu em silêncio", disse.
Os suspeitos foram autuados em flagrante nos crimes de homicídio qualificado, por motivo fútil, pela paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Eles também vão responder por tentativa de homicídio qualificado contra o secretário do município. Um deles é morador de Colniza e se uniu a outros dois comparsas do Pará para praticar o crime. Segundo a polícia, o homem que é apontado como mandante também participou da execução do prefeito. "Continuamos as investigações para esclarecer a motivação e principalmente os mandantes", disse, anteriormente, o delegado Caio Álvares Albuquerque acrescentando que tudo indica que o crime possa ter sido cometido por causa de uma dívida.
Um revólver calibre 38 e um fuzil 22, com numeração raspada, foram encontradas pela Polícia Militar, em uma bolsa deixada no mato a cerca de 15 km de Colniza, na localidade onde também foi abandonada a caminhonete da ação criminosa. Uma pistola, segundo as informações levantadas, teria sido jogada no rio.