Em recesso parlamentar desde ontem, os deputados estaduais dão celeridade às tratativas referentes ao processo eleitoral que definirá a nova composição da mesa diretora para a 18ª legislatura, a ser instalada no dia 1º de fevereiro. A tendência é que diálogo entre as chapas apresentadas até o momento resulte em consenso entre os parlamentares, formando assim uma união entre oposição e situação. Os governistas compreendem a necessidade de aliança com a oposição na Casa, que será maioria na próxima legislatura.
O impasse no momento é a resistência à candidatura do deputado Mauro Savi (PR) na chapa encabeçada pelo deputado Guilherme Maluf (PSDB). O republicano se apresentou como candidato a primeiro-secretário, mas pode ser substituído.
Nos bastidores, o nome mais cotado para isso seria o do deputado Romoaldo Júnior (PMDB), atual vice-presidente da Casa. O peemedebista, da oposição, sofre menos resistência que Savi pelo grupo do governador Pedro Taques (PDT). Dilmar Dal Bosco (DEM), no entanto, também já teria se colocado à disposição para uma candidatura. O problema é que seu nome diminuiria espaço para oposição.
Aliados da chapa de Maluf dizem contar com 15 deputados. Do outro lado, Emanuel Pinheiro (PR), também candidato a presidente, afirma ter 13 parlamentares no seu grupo. A Casa, no entanto, conta com 24 deputados.
Pinheiro já discursa sobre a abertura de diálogo com o outro grupo, mas sustenta a necessidade de mudança e alternância de poder na instituição. O parlamentar lembra que não há nada definido e acredita que somente às vésperas das eleições o quadro se concretize. Apesar de afirmar diálogo, o republicano evita falar sobre concessões a serem feitas para se chegar a um consenso.