Assembléia Legislativa está amplamente mobilizada e vai tentar agir junto ao governo e à Fundação Nacional do Índio (Funai) para resolver o problema da faixa de fronteira com a Bolívia onde está se pretendendo criar mais uma reserva indígena. O lugar é Ponta do Aterro, no Vale do Guaporé, e a área é 150 quilômetros, onde vivem atualmente cerca de 5 mil pessoas. Uma audiência pública já foi realizada na região, com participação de aproximadamente mil pessoas. Segundo o primeiro secretário da AL, deputado José Riva (PP), o que estão tentando fazer com a população local é “um total absurdo”. Querem transformar em uma nova etnia indígena pessoas civilizadas. A questão está gerando conflitos e prejudicando cidadãos.
De acordo com Riva, por trás disso estão Organizações Não Governamentais (ONGs), juntamente com a Funai. Conforme o parlamentar, se a Funai cuidasse melhor de todas as aldeias que já existem o trabalho surtiria maior resultado. O parlamentar ressalta que as pessoas da região estão inconformadas com a situação. As propriedades são produtivas e as áreas pertencem a elas há mais de 50 anos.
O deputado reclama que parece haver uma orquestração nacional para que Mato Grosso não explore suas riquezas. “É só ter riqueza mineral, vegetal ou ser área de produção que transformam em área indígena. Tudo está virando reserva”. Para Riva, o Brasil é covarde nesse sentido, pois permite influências de ONGs internacionais. Aqui em Mato Grosso ele cita casos como da BR 163, hidrovias e hidrelétricas. São projetos que não conseguem progredir sempre por questionamento de fora. Agora, no caso de Ponta do Aterro, estão “fazendo o jogo da Funai”.
Riva garante que a Assembléia vai agir para evitar que uma grande injustiça aconteça com os cidadãos daquela região que estão há tanto tempo na terra.