quinta-feira, 9/maio/2024
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Relator de CPI admite falta de provas contra deputado Henry no caso mensalão

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O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), admitiu nesta quarta-feira que vai incluir o nome do deputado federal Pedro Henry (PP-MT) em seu relatório, mas fará ressalva de que não foram encontradas provas de envolvimento com o esquema de “mensalão” denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Na avaliação do Serraglio, há provas fortes contra um grupo de 12 a 15 deputados. “Imaginar que parlamentares não percam o mandato é contrariar a expectativa da sociedade e as provas que estão sendo colocadas” – disse o relator.
     
Além de Henry, não foram encontradas provas contra o líder do PL, deputado Sandro Mabel (GO). A rigor, o texto vai apontar 18 deputados contra os quais há indícios de envolvimento em irregularidades. O relator não vai pedir claramente a cassação dos parlamentares, mas indicará as evidências capazes de levar à perda dos mandatos.
     
O deputado José Dirceu (PT-SP) será apontado como o responsável pela montagem de um esquema que permitia aos aliados do governo indicar para empresas estatais dirigentes encarregados de arrecadar recursos para seus partidos políticos. Este será um dos pontos centrais do relatório parcial que Serraglio vai apresentar na quinta-feira.
     
 “Acho que alguém da República teve responsabilidade. E está se isentando o presidente Lula. Mas houve uma situação que deveria ter sido contida. Minha percepção é que não chega ao presidente Lula. Mas alguém é responsável por isso. Aparentemente, havia um chefe de governo e um chefe de Estado. E Dirceu era o chefe de governo”, disse Serraglio. “Segundo o meu juízo, a situação de José Dirceu é muito complicada e exige uma condução um tanto quanto severa”, acrescentou.
     
Serraglio vai se reunir hoje com o relator da CPI do Mensalão, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), para fechar um relatório comum das duas comissões. “Não pretendo incluir nenhum nome”, afirmou Abi-Ackel.
     
Outro que está com a cabeça a prêmio no relatório de Serraglio é o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), que recebeu R$ 50 mil de caixa 2 de Marcos Valério. Como agravante, João Paulo fechou um contrato de cerca de R$ 7 milhões com a DNA, empresa de Marcos Valério, para fazer a publicidade da Câmara.
     
O deputado José Mentor (PT-SP) ficou também em situação complicada por ter recebido R$ 120 mil do esquema de Valério, além de ter excluído o Banco Rural do relatório final da CPI do Banestado, que investigou remessas ilegais para o exterior.
     
Serraglio diz estar certo de que havia esquema de pagamento a parlamentares para votar com o governo. “Está comprovado o recebimento em espécie de dinheiro por parlamentares. Havia recebimento de vantagem indevida, ilícita”, comentou.
     
Para ele, não há diferença entre quem foi ao banco retirar dinheiro e quem mandou um assessor. Além disso, “no relatório teremos as evidências contra alguns muito comprometedoras e contra outros que são menos graves. O Sandro Mabel está nesse limiar, assim como o Pedro Henry”, informou o relator.
Serraglio lembrou que Mabel está sendo investigado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Ele estuda, ainda, a inclusão na lista do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG)

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