O governador Silval Barbosa (PMDB) terá que promover alteração no seu staff se quiser contemplar o Partido Progressista (PP) em suas fileiras. O partido que demonstra sinais de que tende a migrar para a oposição por causa das fortes críticas do deputado Antônio Azambuja ainda deverá ter um novo encontro com o chefe do Executivo Estadual que, no entanto, não tem onde acomodar o PP, após ter sacado a sigla da condução da Secretaria de Saúde, pomo da discórdia do partido com a administração estadual.
Sinalizações de que o PP está dividido entre seu presidente, deputado Ezequiel Fonseca, e o secretário-geral, Antônio Azambuja, foi a fala do segundo em plenário pedindo para ser indicado pelos demais parlamentares para relatar a CPI do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação), que não foi criada por falta de assinatura mas poderá se tornar realidade com o apoio do PP às bancadas de oposição.
Uma eventual acomodação do PP dependeria basicamente do PR ou do PMDB, os dois partidos que mais são contemplados com estrutura do governo. O primeiro que já abriu mão de outras indicações por causa de cargos de maior poder de articulação não estaria disposto a perder mais indicados. Já o PMDB, que é o mesmo partido do governador Silval Barbosa, até poderia ir para o sacrifício em nome da unidade do governo, mas isto iria acarretar mais compromissos do chefe do Executivo com sua bancada, hoje também diminuta com três deputados após já ter cinco nomes com assento na Assembleia. Caberá ao governador a decisão da permanência ou não do PP em sua bancada de sustentação e principalmente o que representaria para ele menos dois votos numa base instável.