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Ramal para ferrovia no Nortão deve sair em 2025

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O projeto da ferrovia setentrional que deverá beneficiar toda a região Norte de Mato Grosso foi apresentado ontem, em Sorriso, pelos engenheiros da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, André Ricardo Hadlich e Rafael Gustavo Bordin, e pelo professor da Universidade Federal de Mato Grosso –UFMT-, Eldemir Pereira de Oliveira.
De acordo com o engenheiro Hadlich, a previsão para a implantação da ferrovia é em 2015. “Apesar de sabermos que é um tanto utópico essa data, realizamos todo o projeto com base nesse ano. O custo estimado da ferrovia está em $ 1 milhão de dólares por quilômetro, sendo que esse custo pode ser abatido pois esta é um região bastante plana e tem solo adequado. Custos mais precisos não foram levantados ainda. Ainda de acordo com nossos estudos, fizemos uma proposta para em 2025 criar um ramal ligando os municípios de Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop”, conclui.

Os técnicos apresentaram as escalas de produção e de insumos a ser transportada pela ferrovia, os custos da obra e os prazos de implantação do projeto. De acordo com o engenheiro André Hadlich, o projeto original sairá do estado de Tocantins e deve ter o Porto Seco final instalado entre os municípios de Lucas do Rio Verde e Sorriso.

“As duas cidade deveriam se unir para conseguir trazer a ferrovia para esta região. O ponto em que ela chegar vai beneficiar as duas cidades e as demais circunvizinhas”, ressalta o engenheiro.

Hadlich explica que a ferrovia não deve passar pelo perímetro urbano das cidades. “Existe toda uma “retroárea” ao longo da ferrovia que é um pólo de tráfego muito grande, e se estiver muito próximo ao centro da cidade com certeza trará problemas gigantescos de fluxo para a região. O traçado foi baseado em dados técnicos levando em consideração principalmente a topografia da região, e tentando minimizar os custos com grandes obras, aterros e cortes. Procuramos deixar o traçado mais suave possível com menores inclinações e maiores curvas para aproveitar ao máximo a capacidade dessa ferrovia”, detalha.

Dilceu Rossato se mostrou satisfeito com o projeto. “É interessante para toda a região Norte do Estado saber os números que poderemos atingir com nossa produção futura. Mato Grosso hoje possui apenas seis milhões de hectares plantados, e temos condições de pular para 18 milhões, gerando três vezes mais o que produzimos hoje, não só em grãos, mas agregando valores em carnes suínas, aves. O transporte que já é complicado, no futuro deverá piorar. Este projeto da ferrovia fortalecerá economicamente para a região. Isso seria muito bom para nós, fortaleceria a economia do nosso município, teremos uma receita muito maior e geraremos mais empregos”, avaliou.

Rossato antecipa que o próximo passo é ir em busca de apoio para a implantação da ferrovia. “Vamos trabalhar muito politicamente para que esse projeto seja incluído no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. É uma obra a longo prazo, mas temos que ter uma visão de futuro. Trabalharemos para que em 2015, ou 2020, esse projeto esteja implantado em nossa região”, enfatiza.

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