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Quase 50% dos servidores de Várzea Grande são temporários

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Quatro em cada 10 servidores públicos que receberam salários em Várzea Grande no ano de 2009 eram contratados, ou seja, temporários, não tinham vinculo empregatício, não eram concursados, nem comissionados. Estima-se em torno de 6 mil servidores, sendo pouco mais de 2 mil contratados. Os números são contraditórios e não existem informações oficiais por parte da Secretaria de Administração de Várzea Grande.

Esta é apenas uma de muitas informações que serão apreciadas hoje pelo Pleno do Tribunal de Contas do Estado que julga uma representação de natureza interna em face de irregularidades na contratação de servidores temporários, por parte do Poder Executivo. A partir deste julgamento, números oficiais serão conhecidos por todos, em que pese o próprio Tribunal de Contas estar alegando dificuldade em ter acesso a muitos documentos oficiais.

O relator da matéria é o conselheiro Waldir Teis e o autor da denúncia o procurador do Ministério Público de Contas, Getúlio Velasco Moreira Filho, e foi apresentada em 2009, no mês de outubro, logo após a rejeição das contas municipais por unanimidade de votos do pleno.

Várzea Grande, do total de vencimentos e vantagens salariais pagas em 2009 e apreciadas em 2010, somou um montante de R$ 60,544 milhões no Executivo, sendo que deste total, R$ 28,363 milhões são para contratos temporários segundo relatório técnico da Secretaria de Controle Externo da 5ª Relatoria, ocupada por Waldir Teis.

Na apreciação, o pleno do Tribunal de Contas do Estado levará em consideração a administração do prefeito Murilo Domingos e de seu vice, Tião da Zaelli, ambos do PR, e que responderão solidariamente por terem administrado o município em períodos distintos, diante das constantes licenças para tratamento de saúde do administrador.

O parecer do relator somente será conhecido quando da apreciação da matéria, mas como Valdir Teis foi relator das contas rejeitadas de Várzea Grande, dificilmente se terá uma votação diferente da que por unanimidade os conselheiros rejeitaram as prestações de contas do prefeito, do vice, e ainda aplicaram multas que superam os R$ 3,5 milhões por gastos supostamente irregulares inclusive em relação a recursos da Educação.

Procurados por A Gazeta, o prefeito Murilo Domingos e o vice, Tião da Zaelli, não retornaram as ligações.

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