Por unidade dos partidos da base aliada ao Governo, PT pode recuar do projeto de disputa majoritária em Mato Grosso. Manter a união e o fortalecimento de um palanque único para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) foram as prioridades estabelecidas pela executiva nacional a seus diretórios. A intenção era de que Mato Grosso fosse um dos estados que pudesse replicar a dobradinha da aliança nacional entre PMDB e PT, mas a reunião entre os líderes das duas siglas parece ter mudado os planos para a disputa ao Palácio Paiaguás.
Após reunião com o presidente da executiva nacional de seu partido, o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB), o presidente do diretório estadual da sigla, deputado federal Carlos Bezerra, afirmou que os petistas não indicarão nomes na chapa governista. De acordo com o parlamentar, em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Record, ontem (21), Temer teria lhe confidenciado que o presidente da executiva nacional do PT, o deputado estadual Rui Falcão (SP), confirmou o recuo do partido na disputa.
Presidente do diretório regional do PT, William Sampaio, pondera que não tem conhecimento da conversa entre Falcão e Temer, mas adianta que a determinação repassa- da pela executiva nacional durante reunião realizada na última quinta-feira (20) era de que o partido possui uma política prioritária de manter a unidade dos partidos.
Até a semana passada, os petistas ainda acreditavam na possibilidade de filiar o juiz federal Julier Sebastião da Silva para que ele concorresse ao Governo, mas o magistrado acabou optando pelo PMDB. Além dos peemedebistas, a chapa majoritária governistas ainda deve acomodar PSD e PR e, para não perder o apoio dos republicanos, provocando um racha na base, o partido pode ficar fora da composição.
No entanto, o assunto será debatido com seus militantes no próximo sábado (29). “O PT tem um nome que ainda não é pré-candidato, que é o do Lúdio Cabral, então vamos discutir”, afirmou Sampaio.