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PSDB e PFL pedirão amanhã abertura das contas de Lula em 2002

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As cúpulas do PFL e do PSDB decidiram nesta segunda-feira pedir a reabertura das contas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os assessores jurídicos das legendas preparam até amanhã o texto a ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República.

“Temos de ter a reabertura dessas contas, que são públicas, para fazer o confronto das informações”, disse José Agripino, líder do PFL no Senado. A intenção da oposição é ingressar amanhã com a representação.

A decisão de pedir uma nova avaliação das contas de campanha tem como motivação o depoimento prestado, na semana passada, pelo publicitário Duda Mendonça à CPI Mista dos Correios.

Aos integrantes da comissão, Duda afirmou que recebeu recursos não-declarados à Justiça eleitoral, sendo parte desse dinheiro proveniente de contas abertas no exterior, o que é proibido de acordo com a lei orgânica dos partidos políticos.

Apesar das revelações, o publicitário tentou desviar as acusações da campanha do presidente Lula. Disse, em seu depoimento, que tinha a impressão de que as contas da campanha presidencial foram “oficiais”.

A reabertura de contas poderá apontar se houve pagamento de recursos de “caixa dois” para a campanha presidencial e se Duda Mendonça recebia recursos do exterior em um esquema que envolveria a remessa de recursos ilegais para o exterior.

Reunião

Os integrantes do PFL e PSDB se reúnem hoje para uma primeira discussão oficial para afinarem o discurso diante da crise política brasileira.

Desde já, Agripino disse ser contrário à proposta já aventada no Congresso Nacional de antecipar as eleições presidenciais, oficialmente marcada para o próximo ano.

Na avaliação do pefelista, um processo de impedimento do presidente Lula necessitaria de apoio popular. “Se criar na opinião pública um sentimento de pressão sobre o Congresso Nacional, estão dadas condições para o pedido de impeachment”, declarou.

Os dois principais partidos da oposição discutirão também a prioridade para a convocação de depoentes na CPI Mista dos Correios. Os pefelistas querem prioridade para captar informações da relação dos fundos de pensão e bancos e ouvir os depoimentos de doleiros, que teriam operado em campanhas políticas.

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