O PSD nacional oficializou, em encontro de cúpula, na terça-feira, em Brasília, apoio ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Em que pese o respaldo inerente à governabilidade do PT, o PSD selou o ato “livre” da obrigatoriedade de alinhamento político entre as duas legendas nos estados, com vistas ao pleito geral. A declaração é do presidente estadual do partido em Mato Grosso, Chico Daltro.
“O PSD referendou a orientação de construir chapas majoritárias, e vai abrir no Estado diálogo com todas as legendas para as eleições de 2014”. No evento, que contou com a presença da presidente da República, ficou claro que os pessedistas buscarão posição de protagonistas nas unidades federativas, e não de coadjuvantes, quando o assunto é o projeto político.
O PSD já faz parte do governo Dilma Rousseff, através do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif, que assumiu neste ano o posto de ministro das Micro e Pequenas Empresas. O ato consolidou pesquisa realizada nos 27 estados, em que 90% dos diretórios regionais como o de Mato Grosso, validou o apoio aos planos de reeleição de Dilma.
O PT busca o nome do juiz federal Julier Sebastião da Silva para encabeçar disputa ao Governo. Em razão da indefinição do magistrado, a agremiação petista começa a trabalhar outras vias, como o ex-vereador Lúdio Cabral.
Não há elementos que subsidiem “tendência” de parceria política entre o PSD e o PT. Uma aliança poderá ocorrer, mas dependerá de análises futuras. É assim que Daltro avalia esse cenário. “Trabalhamos com meta de disputar o Governo ou o Senado. E temos bons nomes para ocupar esses espaços. Vamos abrir as discussões com todos que possam contribuir com um programa de Governo”, assinalou Daltro. Assim, o PT estará contemplado no âmbito “dos debates”.
Coordenador da bancada federal, deputado Eliene Lima (PSD), integrou o ato político. O peso político do PSD em Mato Grosso está visualizado em sua representação. Nas eleições de 2012, o partido elegeu 39 prefeitos, 15 vice-prefeitos e 257 vereadores.