O promotor eleitoral Célio Wilson vai requisitar uma perícia nas interceptações telefônicas que mostram a suposta compra de votos na campanha de 2008 para favorecer o vereador cassado por Cuiabá Ralf Leite (PRTB). A investigação sobre a autenticidade da prova se deve ao fato de que o réu Kartagean Moraes Leão diz não ser dele a voz que aparece no "grampo" e mostraria a negociação de votos com o presidiário Wiliam David da Silva.
A perícia vai ser solicitada pelo promotor Célio Wilson ainda nesse mês, mas a expectativa é que a Polícia Federal confirmará a autenticidade da intercepção feita pela Polícia Civil através da operação Vôo Alto. A gravação é uma das principais bases do processo. Célio considera muitos dos argumentos usados pela defesa como mera estratégia para protelar o julgamento.
De acordo com o juiz da 37ª Zona Eleitoral de Cuiabá, Paulo de Toledo Ribeiro Júnior, depois de sair o resultado da perícia deverá ser aberto prazo para MPE e as partes apresentarem as alegações finais. Também respondem ao processo Edson Leite da Silva Júnior, irmão do ex-vereador, Edimara Cortez, Wequeson de Souza Lima e Mateus Rodrigues.
Outro lado – Ralf diz ser vítima de perseguição de adversários e nega a compra de votos. Alega ainda que até o momento não foi apresentada nenhuma prova do seu envolvimento com o esquema.


