PUBLICIDADE

Projeto aperta o cerco contra fraudes do ICMS

PUBLICIDADE

Se depender do novo modelo de utilização dos Emissores de Cupom Fiscal (ECF) e da metodologia diferenciada a ser aplicada, e que pretende forçar os exportadores a informar corretamente suas operações comerciais à Fazenda Pública Estadual, Mato Grosso poderá conseguir adequar a legislação ao anseio social de justiça e redução da carga tributária.

Essa é a ótica do governo sobre um projeto de sua autoria, que pretende consolidar normas referentes ao ICMS. Em um dos itens do texto, os fabricantes e importadores do ECF, e os estabelecimentos revendedores e os credenciados para realização de intervenções técnicas ficarão obrigados a prestar informações relativas à comercialização e às intervenções de uso e interrupção de uso do equipamento na forma estabelecida na legislação tributária.

Sobre o assunto, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB), reforçou a linha de raciocínio do governo e fez coro à mensagem do governador Blairo Maggi. “A medida é bastante justa porque procura eliminar distorções e prejuízos para a sociedade mato-grossense, e que beneficiam poucos desonestos e sem compromissos com o crescimento do nosso Estado”, salientou Silval.

Assim como o governador, ele se referiu à falta de informações – por alguns contribuintes – sobre operações de exportação, gerando redução da participação do Estado no montante dos fundos criados para compensar a desoneração do ICMS.

Outra alteração define que também responderão solidariamente com o contribuinte usuário – inclusive pelo crédito tributário que vier a ser apurado – o fabricante e o importador do ECF, seu revendedor e a empresa que realizar a intervenção do equipamento, mesmo que não seja credenciada. Junto com estes, também estará quem desenvolver e ou fornecer o programa aplicativo.

Essa medida se destinará aos casos de uso – por contribuinte – de equipamento Emissor de Cupom Fiscal que não atenda aos requisitos e exigências estabelecidos no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e pela legislação tributária para o desenvolvimento do equipamento e seus aplicativos ou que permita a realização de fraudes ou sonegação de tributos.

Todos também responderão solidariamente com o contribuinte usuário quando houver a utilização do ECF cuja comercialização, uso ou interrupção de uso não tenham sido comunicados por meio do Sistema ECF. Além deste caso, o projeto relaciona outros cinco:
– não-recolhimento dos tributos devidos, em razão de fraude, alteração ou manipulação de dados que deveriam ser armazenados na memória fiscal do equipamento;
– não-recolhimento dos tributos devidos em razão de erros detectados nos equipamentos, ainda que estes já tenham sido autorizados para uso fiscal;
– alteração da situação tributária dos totalizadores parciais em equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), do tipo ECF-MR, sem anuência do fisco;
– uso de equipamento que prejudique os controles fiscais ou acarrete prejuízo ao erário público, ainda que decorra de simples defeito de fabricação;
– inobservância das normas estabelecidas nesta lei, seu regulamento e demais atos da legislação tributária.

O fabricante, o importador de ECF, os estabelecimentos revendedores e os credenciados para realização de suas intervenções técnicas respondem solidariamente com o contribuinte usuário – inclusive por eventual crédito tributário que vier a ser apurado – quando deixarem de prestar informações relativas à comercialização e às intervenções de uso ou de interrupção de uso do equipamento.

O projeto ainda modifica outros cinco artigos da Lei nº 7.098 (30.12.1998) e acrescenta mais um – com as alterações introduzidas pela Lei nº 7.609 (28.12.2001). “A evolução da ciência e da técnica tem permitido a construção de novas máquinas e equipamentos destinados a agilizar a realização e o controle das operações mercantis”, alertou Maggi.

Ele disse ainda que a atividade de fiscalização não pode ignorar essa realidade e continuar a atuar segundo sistemas de “controles arcaicos”, mas sim incorporar e regulamentar a utilização da tecnologia.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Vereadores de Lucas do Rio Verde aprovam parecer do TCE favorável as contas da prefeitura

Os vereadores aprovaram por unanimidade, em sessão extraordinária, hoje,...

Senado debate projeto de mato-grossense para autorizar estados a legislar sobre direito penal

A Comissão de Segurança Pública (CSP) pode votar nesta terça-feira,...
PUBLICIDADE