Os desembargadores Paulo da Cunha, Clarice Claudino da Silva e Maria Erotides Kneip foram empossados, respectivamente, como presidente, vice e corregedora-geral do Tribunal de Justiça. A solenidade de posse da nova diretoria ocorreu, esta tarde, e eles comandarão o Judiciário estadual pelo biênio 2015/2016.
Natural de Mendonça (SP), o novo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso formou-se em Direito em 1974 pela Faculdades Metropolitanas Unida (FMU-SP). Atuou como advogado e, em 1979, ingressou no Ministério Público, sendo nomeado como promotor de Justiça na Comarca de Barra dos Bugres. Foi promovido em 1984, por merecimento, para Tangará da Serra e, posteriormente, para Cuiabá. Em 1990, também por merecimento, ascendeu ao cargo de procurador de Justiça.
Foi membro dos Conselhos Penitenciário e de Entorpecentes de Mato Grosso e também professor de Direito Penal da Universidade de Cuiabá (Unic). Atuou como membro de comissão examinadora do concurso de promotor de Justiça e do Conselho Superior do Ministério Público, por sucessivos mandatos, inclusive foi o mais votado em dois deles. Em 19 de novembro de 2002 passou a integrar o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em vaga reservada ao Ministério Público pelo Quinto Constitucional. Foi vice-presidente do TJMT no biênio 2009/2011 e atualmente é diretor da Escola da Magistratura de Mato Grosso pelo segundo biênio consecutivo.
Nascida em Alto Garças (MT), a nova vice-presidente do TJ concluiu o curso de Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso em 1980. Assumiu o cargo de juíza em 1º de novembro de 1988, tendo atuado nas comarcas de Poconé, Sinop, Cáceres e Cuiabá. Foi diretora do Foro em todas as unidades judiciárias pelas quais passou e foi removida, pelo critério de merecimento, para o cargo de juíza de Direito Substituta de 2º Grau de Jurisdição em 2 de fevereiro de 2005. Também por merecimento foi eleita desembargadora em sessão realizada em fevereiro de 2009. Tomou posse em 6 de março do mesmo ano.
Clarice atuou como professora da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso nas cadeiras de Direito de Família, Direito das Sucessões e Direito Notarial. Entre outras funções, foi membro substituto do Tribunal Regional Eleitoral na vaga destinada a Juiz de Direito no biênio 2005/2006, presidente do Conselho Administrativo da AMAM (2007/2009), coordenadora do Projeto Justiça Comunitária (2007/2009), presidente da Comissão Estadual do Movimento Permanente pela Conciliação (2007/2009 – 2009/2010), e autora do projeto que criou o Núcleo de Conciliação e Mediação Familiar na Comarca de Cuiabá. No biênio 2011/2013 foi eleita vice-presidente da Esmagis e nomeada presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos. A magistrada possui pós-graduação em Direito Civil e Processo Civil, além de MBA em Poder Judiciário.
Mineira de Juiz de Fora, Maria Erotides formou-se pela Faculdade de Direito Benjamim Collucci – Universidade Federal de Juiz de Fora, em 1973. Atuou como advogada nas comarcas de Ponta Porã, Amambaí e Naviraí (Mato Grosso do Sul) e, depois, em Cuiabá. Ingressou na magistratura em 25 de janeiro de 1985, sendo nomeada para jurisdicionar na Comarca de Alto Garças. Atuou também em Rondonópolis e Várzea Grande (VG).
Em 1991 foi nomeada para a Comissão Corregedora dos Presídios de Cuiabá e atuou como juíza auxiliar da Presidência do TJMT em 1991 e 1992. Entre 1999 e 2003 foi diretora do Foro da Comarca de VG. De 1992 até tomar posse como desembargadora, em abril de 2011, foi presidente do Tribunal Popular do Júri de Várzea Grande e titular da Primeira Vara Criminal e de Execuções Penais do município. No biênio 2001/2003 foi presidente da Associação Nacional das Magistradas.
A desembargadora possui especialização em Violência Doméstica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Como professora, lecionou na Faculdade de Direito da UFMT, na Universidade de Cuiabá, na Esmagis e na Fundação da Escola Superior do Ministério Público. Atuou em cursos preparatórios para o ingresso na magistratura, cursos de formação de oficiais da Academia de Polícia Militar, curso de formação de delegados de Polícia, entre outros.