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Presidente do PDT não acredita em Taques mudando de partido

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O presidente regional do PDT, deputado estadual Zeca Viana, não acredita na intenção do governador Pedro Taques (PDT) de mudar de sigla para um partido de oposição declarada ao governo de Dilma Rousseff (PT) e avalia que, se a mudança ocorrer, pode ser prejudicial ao governo do Estado. Desde que a crise de relacionamento entre o parlamentar e o governador se instalou no PDT, Taques já recebeu convites de filiação de diversas legendas, entre elas o PSDB e o PSB, ambas de oposição ao governo federal. Mesmo assim o governador segue adiando a decisão. O último prazo dado pelo gestor, que analisa as opções, foi outubro.

Oficialmente, o principal motivo para o governador cogitar a troca de partido é a permanência do PDT na base de Dilma, apesar das críticas que ele faz ao governo federal, sempre defendendo que a legenda “pule do barco”. “Eu ainda acredito que ele deve ficar no PDT, porque nenhum outro partido oferece o espaço que ele tem no PDT em Mato Grosso”, afirma Zeca Viana.

Questionado sobre as críticas e cobranças de Taques à União, que justificariam uma mudança para partidos de oposição no âmbito nacional, o deputado avalia que a postura pode ser prejudicial ao Estado. “Seria uma infantilidade brigar com o governo federal. O Estado precisa do governo. Então eu vejo que é uma briga desnecessária e prejudicial. A gente não briga com quem está dando dinheiro para a gente”, disse antes de lembrar que o governador conseguiu garantias de que serão repassados nos próximos dias aproximadamente R$ 970 milhões para investimento em infraestrutura em Mato Grosso.

Na cúpula nacional do PDT, o caso de Taques foi discutido nesta semana. A legenda aguarda a decisão oficial. “Estamos aguardando e resolvemos dar tempo para ele pensar”, afirma Viana. Em abril, em uma rápida visita a Cuiabá, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, tentou acalmar os ânimos dentro da legenda em Mato Grosso, no que tange a essa crise entre Taques e Viana. No entanto, a conversa surtiu efeitos modestos. Viana afirma que a relação pessoal entre os dois acabou.

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