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Presidente diz que não há provas suficientes para abrir investigação dos deputados citados na delação de Silval

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB) afirmou que a Casa de Leis não tem provas suficientes para pedir a investigação dos deputados citados na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). De acordo com ele, o Legislativo irá esperar que a Justiça apure o processo. “Eu estive estudando todo o regimento da Casa, que é a nossa bíblia e temos que segui-lo a risca. Só cabe a presidência tomar alguma atitude quando chega algo de concreto. Chegando isso, ai sim o presidente decide se arquiva ou se encaminha para o Conselho de Ética. Mas não temos nada de concreto, foram da legislatura passada todos os atos. Então cabe a nós aguardar”. Barbosa citou 15 dos 24 atuais parlamentares.

Os deputados Pedro Satélite (PSDB), Sebastião Rezende (PSC), Mauro Savi (PSB), Gilmar Fabris (PSD), Romoaldo Junior (PMDB), Guilherme Maluf (PSDB), Baiano Filho (PSDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e José Domingos Fraga (PSD) aparecem na lista dos beneficiados com a propina que era destinada para não investigar a atuação do governador.

O deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD) é acusado de negociar propina para conseguir a concessão da rodovia estadual MT-130 que hoje é pedagiada. Os deputados Wagner Ramos (PSD), Silvano Amaral (PMDB) e Oscar Bezerra (PSB) são citados por cobrar propina para aprovar as contas do último ano de gestão de Silval e também de pedir dinheiro para não envolver o ex-governador na investigação feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa.

Daltinho (SD) aparece como chantagista na delação. De acordo com a declaração, o parlamentar que era suplente na época, teria gravado os colegas falando sobre o recebimento do mensalinho e depois coagido os outros deputados para que ele permanecesse no cargo. Botelho por sua vez é acusado de receber vantagem indevida paga pela empresa FDL, que prestava serviços de gravames de veículos ao Detran-MT. Questionado se a prática do mensalinho persistia na Casa, o presidente negou. “Eu estou na Assembleia desde o começo de 2015 e nunca ouvi falar de mensalinho aqui nessa legislatura. E aqui está aberto para ser investigado”, disse.

O presidente ainda ressaltou que agora é preciso que os deputados continuem trabalhando para manter a imagem positiva da Casa. “O Poder Legislativo e a política do modo geral vem sofrendo uma degradação a nível nacional e estadual por conta dessas corrupções gritantes. A imagem do Legislativo está um pouco arranhada, mas estou convocando para que os deputados venham para que toquemos os projetos com seriedade e competência que cada um tem”.

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