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Presidente Bolsonaro se reúne com indígenas em Cuiabá e diz que manifestação dia 7 será pacífica; assista

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Só Notícias/Editoria (fotos: TV Brasil - João Vieira/A Gazeta - reprodução. - atualizada 15:55h)

O presidente Jair Bolsonaro faz, hoje, a primeira visita oficial a Cuiabá desde que foi eleito. Em um hotel, participou do seminário sobre Etnodesenvolvimento e Sustentabilidade no Centro-Oeste, com lideranças indígenas, tratando dos avanços nas atividades na agricultura, piscicultura e demais áreas em que os índios atuam dentro de suas aldeias e reservas. Bolsonaro entregou tratores e dezenas de implementos agrícolas.

O presidente, em seu discurso, disse que “não tem preço participar de um evento como esse” e defendeu novamente a desburocratização para o Estado não atrapalhar em diversas atividades do setor produtivo. “Quando assumimos, os (índios) Parecis tinham uma multa de R$ 130 milhões. Parece que esse assunto está resolvido. Multar um produtor não tem cabimento”. O presidente disse que está tramitando projeto para índios terem mesmo direito de produção que os agricultores. “É meu atendimento como do Mauro (Mendes, governador), de prefeitos, que vai trazer dias melhores, devemos acreditar no povo brasileiro na sua capacidade de produzir, trabalhar”. “Nada melhor, Mauro Mendes, que alguém chegar num evento e não pedirem nada para nós. É sinal que estão satisfeitos”, discursou, referindo-se a solucionar diversos entraves no setor produtivo. “Um irmão nosso trabalhando, deixa de ser cliente do Estado. Ao invés de proporcionar despesa, vai dar lucro pro Estado”. “O que vai fazer um Brasil Melhor ? é meu entendimento com o Mauro, com o prefeito local, com governadores” que “vai trazer dias melhores”.

Jair Bolsonaro também falou sobre as manifestações que vão ocorrer no próximo dia 7 em apoio ao seu governo. “Onde estarei dia 7 de setembro ?. Estarei como sempre onde o povo estiver, ninguém precisa preocupar com movimento de 7 setembro. Nosso povo é pacífico, ordeiro, patriota e sua maioria acredita em Deus, tem família. Dia 7 vão querer liberdade !”. “Quem está querendo tolher liberdade é minoria”. “De onde menos esperávamos controle sobre liberdade, de lá vem vindo, de uma caneta”, afirmou, em critica indireta a alguns ministros do STF. Alguns aliados do presidente que faziam criticas a determinados ministros foram presos. O caso mais recente é do ex-deputado Roberto Jefferson.

A solenidade começou com o porta voz das etnias indígenas, cacique Arnaldo Parecis, discursando. “Vivemos em ambiente pacífico que acontece devido ao diálogo que temos de várias etnias indígenas com parlamentares de Mato Grosso” e também enalteceu o apoio do governo do Estado. “Queremos criar ambiente de desenvolvimento sustentável das atividades indígenas”. ‘Precisamos mostrar para o mundo e aqueles que nos atacam que estamos vivendo ambiente de construção”. “Queremos colocar por terra quando dizem que governo é genocida. prova disso é que centenas de indígenas foram a Brasília e recebidos pelo presidente”. “O governo tem trazido espaço de diálogo”. “Não temos ONGs para discutir nossa problemáticas e demandas”. “Cadê eles?”, questionou. “A proposta que esse governo (federal) nos traz é libertação através de trabalho e não de um cartão (assistencial)”, acrescentou. “Tem etnias que precisam de agricultura, outras que tem potencial extrativista e turista. Temos que explorar isso cada um em seu segmento, cada um vai ser regularizado pelo governo. Vamos abrir portas para discutir isso”.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que os índios agricultores de Mato Grosso são exemplo para o mundo inteiro e que o governo ajudará mais com destinação com maquinários. Ela também agradeceu os agricultores mato-grossenses por continuarem plantando e abastecendo o país e diversos países principalmente na pandemia, diante do aumento no consumo de alimentos.

O governador Mauro Mendes disse que Mato Grosso tem 43 etnias ocupando mais de 11% do nosso território. “Com muito respeito, o governo do Estado tem desenvolvido relação de trabalho e convivência. Conheci uma das mais exitosa história na região Parecis, com trabalho de cooperativa”. “São para todos nós inspiração, bússola e guia que tenho certeza para todos os povos indígenas do Brasil”. “Vocês trabalham, produzem, não tem acesso a crédito e os marcos jurídicos precisam ser atualizados e espero que o Congresso, nossos parlamentares façam (mudanças para beneficiar o setor)”. “Daqui a alguns anos, Mato Grosso será o 4º produtor mundial ( alimentos), respeitando meio ambiente e respeitando os povos indígenas”. Acertei com caciques para criar fundo garantidor para que R$ 2 bilhões possam ser colocados a disposição para pequenos, micro e terá destaque indígena para que possam ter esse crédito que até hoje nunca conseguiram”.

O presidente da FUNAI, Marcelo Xavier da Silva, disse que o governo federal já investiu R$ 30 milhões em ações etnodesenvolvimento e enalteceu projeto inovador de índios em Mato Grosso que chegará a 11 mil hectares plantados e esse ano colheu 6 mil toneladas de arroz. “No governo do presidente Bolsonaro, o indígena decide o rumo que quer seguir”, afirmou, acrescentando que houve redução de desmatamentos nas terras indígenas.

Recepção no aeroporto
Bolsonaro chegou por volta das 09:20h, no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, foi recebido pelo governador Mauro Mendes, os prefeitos Kalil Baracat e Emanuel Pinheiro e demais lideranças.

Um grande número de mato-grossenses recepcionou o presidente, no aeroporto. Bolsonaro, antes de entrar no carro, foi cumprimentá-las. Foram instaladas grades e se formou um corredor onde o presidente conversou e cumprimentou os simpatizantes.  Alguns gritavam “mito, mito”, “Lula na cadeia”, “fora paletó” (crítica ao prefeito Emanuel Pinheiro), e o hino nacional.

O presidente veio acompanhado de ministros general Heleno Pereira (Gabinete Segurança Institucional), Tereza Cristina (Agricultura), dos deputados federais José Medeiros e Nelson Barbudo, do senador Wellington Fagundes, do deptuado estadual Gilberto Cattani e do presidente do IPA (Instituto Pensar Agro), ex-deputado Nilson Leitão.

Os índios Parecis estão entre os que mais avançam trabalhando nestes setores. Agrônomos e representantes de instituições já fizeram palestras para os indígenas com orientações para avançar no preparo do solo, plantio e colheita. O evento iniciou ontem, com participação do governador e parlamentares. O presidente deve ficar no seminário até por volta de 11h. O Palácio do Planalto informou que ele deve retornar a Brasília no final da manhã.

 

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