Combalida por causa da Operação Curupira, em meados de 2005, que culminou com o fechamento de madeireiras, aumento do desemprego em níveis assustadores e desaceleração da economia; e muito afetada pela pressão ambiental, que já definiu a criação do Parque do Juruena, o que impede a continuidade de diversas atividades econômicas na região, o Consórcio de Desenvolvimento Regional (CDIVAT), com ação voltada aos pequenos produtores e com olhar definido para o eco turismo, é visto como a ‘unica saída’ para as cidades do extremo norte. Silda Koshemborger (PP), prefeita de Apiacás, cidade mais afetada pela criação do Parque, disse que ‘a união é a saída mais viável’ e que a busca de alternativas será intensa apartir da instalação do CDIVAT. “Nós precisamos, prefeitos, vereadores e a população, acreditar neste projeto, porque a nossa realidade aqui do nortão é muito parecida”, avaliou, dizendo que há problemas comuns a todas as cidades, como transportes, condições de estradas e até a busca de uma ‘nova identidade’. “A região norte precisa ser divulgada, nós precisamos que os parlamentares estaduais, federais e o governo, olhem para a nossa região. Através deste consórcio nós vamos conseguir divulgar nosso potencial, não só turístico, mas também de um povo que está aqui, que trabalha e que quer continuar morando na região”, acredita a prefeita.
Segundo a prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura Dias Alfonso (PDT), os municípios, sozinhos, enfrentam dificuldades na busca de soluções para seus problemas, mas que a união das prefeituras acaba gerando uma força política maior para conseguir as soluções coletivamente. Maria Izaura comemorou a criação do CDIVAT e disse que não haverá problema que impeça os resultados positivos. “Nós já temos a agroindústria em Alta Floresta, nós temos grandes produtores de cupuaçú, côco da bahia e agora vamos começar com este projeto da pupunha e do maracujá”, comemora Maria Izara como primeira conquista da CDIVAT.