Parte dos prefeitos integrantes do consórcio de saúde do Hospital Regional de Sorriso está aprovando a intervenção estadual, decretada ontem, pelo governador Pedro Taques, com a interrupção no contrato com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), Organização Social de Saúde (OSS) que estava gerindo a unidade. A partir de agora, um novo consórcio será criado para administrar o hospital, que permanecerá sob intervenção por até um ano.
O prefeito de Sorriso, Dilceu Rossatto, avaliou positivamente a criação do consórcio. “Não existe intervenção. Quem manda no hospital é o Estado, que só reassumiu o que é dele. De qualquer forma, entendemos que temos condições de fazer muito melhor do que o que estava sendo feito. E, por isso, vamos participar deste modelo de gestão”, afirmou, ao Só Notícias.
Para o prefeito de Vera, Nilso Vígolo, o consórcio é uma forma encontrada pelo governo para “aprimorar” os serviços de Saúde na região. “Sabemos que a área de Saúde é complexa e ainda temos vários gargalos. Porém, acredito que, com o montante de recursos que o Estado repassa às OSS para administrar os hospitais, é possível ter uma saúde de qualidade”, apontou.
O prefeito de Tapurah, Luiz Eickhoff, disse ao Só Notícias, que o modelo de gestão com os municípios, apresentado, ontem em reunião com o secretário de Saúde, Marco Aurélio Bertúlio, foi positivo em outros Estados. “A OSS recebia do Estado e não pagava os médicos. Então, fizemos esta reunião, onde conhecemos este modelo. Da forma como foi apresentando, todos concordaram, por que ficou muito esclarecido. Somos favoráveis ao consórcio”, declarou.
Conforme Só Notícias já informou, o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), ficará responsável por comandar o procedimento transitório, provavelmente até o dia 1º de julho, quando passa a valer este novo consórcio para administrar o hospital. O objetivo é dar autonomia para os municípios, para que os recursos sejam melhor aplicados e as ações sejam mais céleres.
Como o atual consórcio de saúde não poderia ficar encarregado deste procedimento, devido a natureza jurídica ser 100% pública, foi necessária a criação de uma organização pública de direito privado que irá facilitar a tomada de medidas rápidas e eficientes. Uma das primeiras medidas a ser tomada será a criação de um centro de custo organizado. Ou seja, um setor que irá cotar preços de insumos e serviços, coisa que não acontece atualmente. Atualmente, o governo não sabe quanto custa cada item ou serviço e, com a central, o problema será sanado.
Outra medida anunciada é a nova forma de escolha do diretor geral do hospital. A ideia, a partir de agora, é acabar com as indicações e colocar no comando um profissional realmente competente e que será sabatinado pelos integrantes deste novo consórcio, além da análise do currículo.
Por enquanto, Rejane Potrich Zen foi nomeada como interventora e, temporariamente, passa a ser responsável pela gestão da unidade.