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Prefeito: oposição conta com secretário e calcula ter 11 votos para cassar prefeito; 13 são necessários

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: arquivo/assessoria)

O vereador de Cuiabá, Felipe Wellaton (Cidadania), disse que já conta com 11 votos para aprovar em plenário o relatório da Comissão Parlamentar Inquérito (CPI) que investiga possível recebimento de propina por parte do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) quando ele era deputado estadual na gestão do ex-governador Silval Barbosa. Nos cálculos do parlamentar são dez votos certos. O 11º teria que vir do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, que é vereador licenciado. Mesmo que consiga tirar o secretário do trabalho durante a pandemia do novo Coronavírus, Wellaton ainda precisará angariar outros dois votos, já que são necessários 13 para aprovar o relatório da CPI do Paletó, como ficou conhecida.

“Começamos em três na oposição, hoje já somos 11, e acredito que todos vão votar para que Emanuel deixa o cargo imediatamente e pare de obstruir as investigações a respeito do dinheiro de propina, que ele pegou e foi filmado”, afirmou o vereador.

Wellaton acredita que os 11 vereadores que votaram contra a cassação do vereador Abílio Brunini Júnior (Podemos) em março manterão a posição de voto contra Pinheiro. Na época,Gilberto se licenciou da Secretaria de Saúde somente para votar com o grupo. Agora, Wellaton espera repetir o feito. “O Gilberto é preocupado com Cuiabá, sempre atuou ao nosso lado contra os desmandos do atual prefeito, queremos ele nesta votação tão importante”, reforçou.

A sessão que cassou Abílio foi no dia 6 de março, quando a pandemia do novo Coronavírus não tinha a gravidade atual. Agora, Gilberto Figueiredo se dedica em tempo integral no combate à Covid-19 e nas entrevistas coletivas on line nega-se a falar de outros assuntos que não sejam relacionados à pasta. Um ponto favorável à tentativa de Wellaton é o desentendimento político e pessoal de Pinheiro com o grupo do governador Mauro Mendes (DEM), do qual Gilberto faz parte.

O prefeito Emanuel Pinheiro, que mantém a maioria na Câmara de Cuiabá, também dedica-se a combater a pandemia. Procurado por Só Notícias, ele não quis comentar sobre o processo de cassação que avança no legislativo cuiabano.

Conforme Só Notícias informou, na sexta-feira passada (10) a CPI do Paletó aprovou um relatório paralelo ao oficial. Por maioria, os parlamentares pediram o afastamento do prefeito do cargo durante o prazo de 180 dias, bem como a abertura de comissão processante contra Pinheiro, que pode culminar na cassação de seu mandato.

O documento foi elaborado pelo vereador Sargento Joelson (SD) e teve o voto favorável do vereador Marcelo Bussiki (DEM), presidente da CPI. Toninho de Souza (PSD), relator da comissão, apresentou um relatório também, mas foi voto vencido.

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