O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, defendeu o prefeito de Nobres, Sebastião Gilmar Luís da Silva, acusado de praticar o “golpe do envelope vazio”. De acordo com a acusação, Silva supostamente teria comprado uma máquina no valor de R$ 12,5 mil sem realizar o pagamento. O prefeito já registrou um boletim na Polícia Civil e fez uma queixa crime sobre o fato.
Fraga frisou que, pelo fato do prefeito ser uma pessoa pública, tem os seus dados acessados livremente. Ele ressaltou que é necessário que os comerciantes, de qualquer atividade, tenham mais cautela e redobrem a atenção no momento de fechar qualquer negócio. “Repudiamos esses fatos criminosos que atingem homens públicos como os prefeitos, que são pessoas responsáveis e comprometidas com a população”.
O prefeito de Nobres disse que seu nome e seus dados pessoais, que são públicos, estão dispostos em quaisquer documentos que contenham dados também públicos. Ele frisou que os dados vêm sendo utilizados, à sua revelia e de forma abusiva e inescrupulosa, na aquisição de produtos diversos e absolutamente alheios aos seus interesses.
Através de nota, a assessoria jurídica do prefeito declara que “as inconsequências comerciais, através da atividade ilegal e de cunho próprio do estelionato, além de macular a imagem do cidadão e do homem público no exercício de mandato eletivo, constrange a si e à sua família, com essa onda difamatória desenfreada e descabida, cujos atos são perpetrados em municípios diversos do Estado e até fora de Mato Grosso”.
Ainda de acordo com a nota, a ação, que extrapola todos limites da comercialização legal, decente e ética, tem encontrado amparo com o fornecimento de bens e produtos, mera e informalmente, apenas com o uso de dados pessoais, sem que o fornecedor realize checagem para saber se realmente se trata do titular dos dados fornecidos.
“A classe comerciária necessita ter a devida cautela no fornecimento de bens e produtos, do contrário, presume-se que o cidadão Sebastião Gilmar Luís da Silva, enquanto prefeito de Nobres, esteja sendo vítima de extensa campanha difamatória, perpetrada de forma cavilosa, infame e injusta contra a sua pessoa e que tal fato depõe contra o município e sua ordeira população”.