A participação do PR na reunião dos partidos da base governista, na noite de segunda-feira, é para a oposição um forte indicativo de que os republicanos estão fora do bloco adversário, liderado pelo senador Pedro Taques. O presidente do PDT estadual, deputado Zeca Viana, externou ontem sentimento de que o atual cenário aponta para a concretização da integração do PR no quadro da base aliada. “Não tivemos nenhuma conversa oficial, mas tudo indica que o PR com essa participação assídua no processo de debates do grupo da situação, não esteja mais com a oposição”.
Os principais líderes do PDT, Taques e Viana, se reúnem, neste fim de semana, para discutir os próximos encaminhamentos rumo às eleições. Esperam a consolidação do bloco, através dos principais aliados, o DEM do senador Jayme Campos, o PSDB do deputado federal Nilson Leitão, o PSB sob presidência do prefeito Mauro Mendes e o PV. O PTB de Chico Galindo é visto por Viana, como uma legenda que poderá somar forças “para o projeto de transformação de Mato Grosso”.
As críticas ao PR, que integra a base do governo Silval Barbosa, de insistir nos entendimentos com o PDT, também foram acentuadas na terça-feira pelo deputado federal Júlio Campos (DEM). Ele acredita que os planos da oposição passam por prejuízos com a “indefinição” dos republicanos. “Temos uma discussão em andamento que é um projeto de governo a partir de 2015. Se não temos um projeto definido, com os possíveis aliados, fica mais difícil dar andamento ao planejamento”, disse o parlamentar.
Leitão cobrou do PR uma decisão oficial sobre as tratativas. “É necessário trabalhar com avaliação sobre as reais possibilidades nessa movimentação da composição. O PR parece ter tomado um caminho, e deveremos reavaliar essa conjuntura”.