O Diretório do PPS em Cuiabá decidiu nesta terça-feira que vai insistir no nome da vice-governadora Iraci França para continuar na chapa a ser encabeçada por Blairo Maggi a reeleição. A indicação será defendida junto ao Diretório Regional – a quem caberá discutir a composição político-eleitoral. O posicionamento será levado ao debate partidário se houver retrocesso no projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que acaba com a regra da verticalização no ordenamento das alianças eleitorais ou mesmo na ação que deverá tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas se a verticalização cair, de fato, o PPS de Cuiabá abrirá mão da indicação de Iraci, conforme se convencionou na reunião desta terça-feira. Há o entendimento claro de que o partido precisará fazer novas composições e alianças, visando fortalecer o projeto da reeleição. “Dona Iracy, quando estava fazendo um excelente trabalho junto a área social de Cuiabá, todos foram unânimes em torno do nome dela. E nada mais justo agora, que vem ajudando o governador Maggi a governar o Estado, esteja na chapa como vice” – explicou um membro do Diretório Municipal.
O assunto, contudo, é melindroso. A começar pela própria expressão partidária. O ex-prefeito Roberto França, esposo de Iraci, por exemplo, já se manifestou contrário a qualquer posicionamento partidário em torno da vice. “Sempre defendi que o vice deve ser uma escolha pessoal do governador, com o aval, evidentemente, das forças político-partidárias que o apoiam” – frisou, recentemente. Dentro do Governo mesmo há defensores da tese de que Maggi precisa buscar um vice fora do PPS e até mesmo distante do espectro partidário. Daí surgirem os nomes do desembargador José Ferreira Leite, da juíza Maria Erotides Kneip de Macedo e até mesmo do procurador da República, José Pedro Taques.
Na reunião, contudo, o que se percebeu é que tanto os membros do Diretório da capital como do interior, com ênfase nas militantes mulheres do partido, entendem que o nome de Iraci nada atrapalhara as conversações com os demais partidos, que poderão reeditar a coligação “Mato Grosso Mais Forte”. Mesmo porque ficara livre a vaga de Senado para ser preenchida pelos aliados, descartando assim a tese da chapa pura, defendida por alguns setores do PPS.
Além de oficializar a decisão de indicar Iraci para a vice do governador em caso de manter-se a verticalização, o PPS de Cuiabá definiu outras estratégias para a eleição. Entre os quais, o calendário de atividades, com reunião mensal do partido toda primeira segunda feira de cada mês. O PPS vai propor ainda a realização de um “estradeiro partidário” para atuar na conscientização dos membros do partido em todos os municípios. O PPS conta atualmente com 13.928 filiados em todo o estado, sendo que a região Oeste tem 2.548, no Norte 3.310, na região Sul 3.850 e na região Leste 4.220.